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Presidente nega crise ambiental

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Mesmo com a disparada nas queimadas no Pantanal e na Amazônia, além de recordes do desmatamento, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 17, que o Brasil está de “parabéns” na maneira como preserva o meio ambiente. “O Brasil é o País que mais preserva o meio ambiente e alguns, não entendo como, é o País que mais sofre ataques vindos de fora”, disse ele durante inauguração de uma nova etapa da usina fotovoltaica, que transforma energia solar em elétrica, em Coremas (PB).
No Pantanal, bombeiros tentam evitar que os incêndios se alastrem, mas as queimadas prosseguem na região
Em seu discurso, o presidente citou a capacidade brasileira de produzir energias renováveis e afirmou que o governo busca, junto ao parlamento, formas de melhorar as condições de empreendedorismo. “Cada vez mais nosso governo acredita na iniciativa privada; não é fácil investir e empreender no Brasil ainda.”
O presidente reforçou o compromisso até o fim do seu governo de que não haverá “taxação” da energia solar. Ele ponderou que as agências reguladoras são independentes, mas destacou que no início do ano o assunto foi debatido com Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Bolsonaro fez agradecimentos durante o evento, mas evitou citar nomes de pessoas que o ajudaram no passado, pois, segundo eles, algumas seriam candidatas nas eleições municipais deste ano. “Não posso citar nomes de pessoas que me ajudaram lá atrás porque muitos são candidatos, não posso incorrer em qualquer deslize e ferir a legislação eleitoral.”
O chefe do Executivo participou junto ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, da inauguração de nota etapa da usina paraibana e da divulgação do Programa de Eficiência Energética. O complexo de energia solar, já em funcionamento, está na terceira fase de expansão.
Mais cedo, como tem feito em suas viagens, o presidente compartilhou imagens cumprimentando apoiadores na sua passagem por Juazeiro do Norte (CE) e na chegada a Coremas. Nos vídeos divulgados nas redes sociais, o presidente, sem máscara, cumprimenta pessoas e pega crianças no colo.
Também acompanharam o presidente no evento, entre outras autoridades, os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, além dos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Hugo Motta (Republicanos-PB).
Esta foi a segunda visita de Bolsonaro como presidente à Paraíba. Pela agenda pública, o retorno a Brasília está previsto para 15h30. Não há outros compromissos oficiais previstos.
Alemanha aponta dificuldades de aproximação
O governo da chanceler federal Angela Merkel voltou a manifestar preocupação com as políticas ambientais e para os povos indígenas de Jair Bolsonaro e admitiu que a cooperação com o governo federal brasileiro nessas áreas está sendo cada vez mais difícil. Como resultado, Berlim tem procurado outros parceiros em governos estaduais, municipais e na sociedade civil brasileira.
Por outro lado, no aspecto político, o governo alemão diz não acreditar que o Brasil esteja sob risco de sofrer um golpe militar e avalia não haver sinais fortes de interferência entre Poderes no país.
As afirmações constam nas respostas a um questionário enviado por deputados da bancada do Partido Verde no Parlamento alemão (Bundestag). Os parlamentares indagaram o governo Merkel sobre aspectos do relacionamento entre Berlim e Brasília e como os ministros do gabinete da chanceler federal encaram a situação ambiental e política no país sul-americano.
O documento é uma espécie de raio-X da postura pública que o governo Merkel vem adotando em relação ao Brasil.
Mourão quer militar da reserva na ‘Força Tática’
O governo Jair Bolsonaro decidiu criar uma nova força de fiscalização, com poder de polícia, para atuar na região amazônica. O plano é ter uma “Força Tática da Amazônia”, dedicada de forma integral e permanente ao combate a crimes na floresta, em paralelo ao trabalho que já é realizado pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente.
O Estadão apurou que o plano, que é liderado pelo vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão, já é estudado pela área jurídica do governo e pelo Ministério de Meio Ambiente, para buscar uma forma de viabilizar a nova força. A ideia é que esse novo grupo seja formado, majoritariamente, por militares inativos, com experiência na região.
Diferentemente do que ocorre hoje com a presença de militares na região, que têm apenas poder de repressão, esse novo grupo terá autorização para prender, multar e apreender ou destruir equipamentos, funções que hoje são restritas a agentes do Ibama e do ICMBio que atuam em campo.
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