Preocupado com falhas na marcação, Tite trocou toda a defesa para enfrentrar os tchecos, hoje
A troca de toda a defesa já era esperada, pois no amistoso de sábado, Tite testou o setor com jogadores considerados reservas. Agora, então, os titulares voltam ao time para encarar a República Checa, com Alisson sendo o goleiro, Danilo e Alex Sandro atuando nas laterais e Thiago Silva formando a dupla de zaga.
A outra alteração na comparação ao time que ficou no 1 a 1 com o Panamá ocorreu no meio-campo. Tite sacou Arthur e promoveu a entrada de Allan, do Napoli, o tornando a sexta novidade da seleção para o confronto com a República Checa.
Tite, porém, optou por não modificar o setor ofensivo. Assim, Philippe Coutinho seguirá na formação titular, mesmo após atuação apagada no sábado. Além disso, jovens como Richalison, que ocupou no ataque e vaga que costuma ser do lesionado Neymar, e Lucas Paquetá, autor do único gol brasileiro contra o Panamá, receberão mais uma chance de disputar um amistoso como titulares da seleção.
Tendo Casemiro como capitão novamente, o Brasil vai entrar em campo com a seguinte escalação: Alisson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro; Allan, Lucas Paquetá, Philippe Coutinho e Richarlison; Roberto Firmino.
Pressão
O técnico Tite mostrou não ter se incomodado com as críticas feitas à seleção brasileira pelo empate por 1 a 1 diante do Panamá, sábado, em Portugal. O treinador admitiu que a equipe ficou devendo em seu desempenho.
“Todas as críticas que têm caráter técnico, tático, físico e emocional eu não tenho que contrapor. São pontos de vista, visões, e a gente tem que saber conviver com isso. Os atletas não jogam pelo técnico, jogam pela seleção, pelo Brasil. Quando tira o viés daquilo que é importante, acho arriscado. Ele joga por orgulho pela seleção, prazer da satisfação profissional”, apontou nesta segunda.
Contra o Panamá, a seleção brasileira sofreu para criar jogadas e dependeu de um cruzamento de Casemiro, que Lucas Paquetá completou com estilo, para marcar seu único gol. Por isso, a principal mudança que Tite quer observar na equipe é uma “agressividade maior”.
“Quero agressividade maior, a busca maior. Talvez menos de organização, mas buscamos esse ímpeto. Em termos de organização, o mecanismo do meio de campo se ajusta. Também por uma opção nossa, evitamos convocações de atletas em momentos decisivos. Então, é um processo de construção”, apontou.
“O processo ofensivo de criação que colocamos é mais difícil de acontecer, precisa de improviso. Esse é o momento de dar oportunidade, de repetir Coutinho e Paquetá, de repetir Firmino e Richarlison, para manter uma certa coerência na estrutura da equipe”, explicou.
O treinador ainda manifestou seu apoio a Coutinho, que vive má fase e é questionado tanto no Barcelona quanto na seleção. “Corro todos os riscos, inclusive esse (escalar Coutinho). Esses riscos, essa pressão, são inevitáveis no cargo. O que tem de ter é coerência. E coerência nesse caso é dar trabalho a ele, repetir a formação e dar tempo. Futebol é fundamentalmente na prática, no exercício, repetição.”