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Prestigiado

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Marcos Lopes
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Apesar de ter montado um elenco de qualidade técnica duvidosa e marcado por um desequilíbrio impressionante entre que salta aos olhos, o executivo de futebol do ABC, Giscard Salton segue prestigiado pela direção, conforme afirmou o vice-presidente do clube, Tacinildo Pegado durante entrevista na Rádio Globo.

Bengala
A falta de dinheiro para contratar não pode ser a bengala de sempre para alegar a baixa qualidade do elenco que foi montado por Salton e com o aval do treinador Ranielle Ribeiro. Contratou mal, fez apostas e tentou recuperar jogadores que estavam encostados em outros clubes, o que não pode ser admitido dentro de um Brasileiro da Série C, onde o grande objetivo tem que ser o acesso.

Exemplos ?
Henrique, zagueiro que veio do Avaí e fez apenas um jogo pelo Estadual depois que o ABC já tinha garantido o título, Yan Petter, Murilo, Léo Ávila, Jorge Eduardo, Maxwell, Marcelo Fernandes que estava no forte futebol do Vietnã, Maycon que tentava recomeçar a carreira no América de Teófoli Otoni, todos sem nenhuma exceção contratações equívocadas de Giscard Salton.

Perdeu os melhores
O que robustece minha convicção dos erros cometidos na montagem do elenco, foi o fato do ABC ter perdido os três melhores jogadores, Fessin, Matheus e Wallyson sem ter trazido nenhuma peça de reposição à altura. Alegar simplesmente que jogadores do “parceiro” Corinthians não quiseram jogar a Série C é quase como debochar da inteligência do torcedor. E não existe outro mercado? O mercado regional não atenderia as necessidades do ABC? Querer buscar apenas no Inter e no Corinthians? Citei oito exemplos de contratações equivocadas e que não vieram de graça e que custam dinheiro ao ABC. O “x” do problema é que não souberam armar o elenco alvinegro. Ninguém vai me convencer do contrário!

Novas regras para treinadores
A partir do ano que vem a CBF vai exigir dos treinadores de clubes da Série A licenças de especialização na área. Como vinte clubes disputam a Série A, em tese, a nova regra atingiria apenas vinte profissionais, o que a gente sabe que na prática não é bem assim. Como a rotatividade na profissão é muito alta, o treinador que quiser ter chance de trabalhar na elite do futebol brasileiro vai precisar ter o certificado.

Falta acesso
Não resta dúvida que é importante a qualificação para o trabalho do treinador de futebol, mas o grande problema é que o custo dos cursos da CBF não é acessível para a grande massa de profissionais que atuam nas divisões menores e de bases. A licença C, voltada para profissionais das escolinhas de futebol custa 5 mil e 600 reais, a B que é voltada a profissionais das categorias de base é 7 mil e 700 reais. Licença A, sai por 10 mil e 500 reais e a Pro, 19 mil reais e a maioria dos treinadores não tem condições de bancar os valores estabelecidos pela CBF.

Federação atenta
A Federação Brasileira de Treinadores, presidida por Zé Mário – reeleito na semana passada para mais cinco anos à frente da entidade – vem lutando para que os custos sejam acessíveis à grande massa de treinadores que atuam nos mais de 700 clubes de futebol do Brasil. A Federação Paulista de Futebol subsidia cursos para treinadores de clubes de São Paulo, mas é uma exceção.

Acesso ao mercado
Outro receio que existe entre os treinadores é o de ficarem sem acesso ao mercado de trabalho a partir do ano que vem, justamente em razão dos altos custos. Por enquanto a licença é exigida apenas para os treinadores da Série A, os mais bem pagos do Brasil. O problema é que tendência é que no futuro, as licenças sejam exigidas também para profissionais que disputam as demais divisões do Brasileiro.

Sindicatos
Os cursos que são ministrados e outras entidades ligadas à categoria não tem validade para a emissão das licenças.

Equiparação
Outra queixa dos principais treinadores do Brasil é que não há equivalência entre a licença da CBF e a emitida pela UEFA, o que significa que um treinador europeu pode trabalhar no Brasil, mas um brasileiro não pode trabalhar na Europa.

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