O Fórum da Previdência foi lançado com a missão de resolver o rombo de R$ 42 bilhões. Esse, no entanto, não é o único – nem o maior – déficit previdenciário do governo. Hoje, a arrecadação previdenciária não cobre todos os benefícios, por isso, o governo tem de tirar dinheiro de outras áreas para pagar aposentadorias e pensões. O problema é simples: há pouca gente contribuindo e muita gente recebendo. Prova disso é que, em apenas dois anos, o déficit do sistema aumentou em R$ 10 bilhões, passando de R$ 32 bilhões, em 2004, para R$ 42 bilhões, no ano passado. Nas três esferas do poder público (federal, estadual e municipal), o saldo negativo chega a R$ 70 bilhões, e não existem mudanças contábeis a serem feitas para reduzir este número. O déficit do regime de aposentadorias dos servidores federais é de R$ 35 bilhões. Enquanto na Previdência Social boa parte dos trabalhadores recebe o salário mínimo, os trabalhadores do governo federal admitidos até 2003 têm o direito de receber o último salário da ativa. Por isso, o déficit, que já é grande, tende a aumentar muito mais rápido.
Limpeza no INSS
A Previdência Social, com as últimas decisões de convocar aposentados e pensionistas ao recadastramento e agora os beneficiados por invalidez, vai reduzindo o seu déficit. Os 303.331 segurados convocados recentemente podem perder o benefício.
Indústria
A produção industrial aumentou em 7 dos 14 locais analisados pelo IBGE, em fevereiro comparado a janeiro, na série com ajuste sazonal. Destaque para São Paulo, com 2,3%. Entre as áreas com redução na produção, destacaram-se o Rio (-5,4%), Bahia (-6%) e Amazonas (-6,7%). A região Nordeste cresceu 3,2%, acima da média nacional, de 3,0%.
Correção
No Nordeste o reajuste do gás natural deverá ser acima de 20%, em média. No RN, a partir de 1º de maio, o preço do gás natural aumentará entre 8% e 14%. Na Paraíba, a previsão é de 21,36%. No Ceará, a partir de 1º maio, o gás natural deve ficar 21,36% mais caro. Paraíba, Pernambuco e Ceará consomem gás do RN, via Gasoduto Nordestão.
Queda
O Bradesco prevê dólar a cotação do a R$ 1,95, nos próximos dias. Ontem, a moeda norte-americana até que teve uma pequena valorização, insuficiente para evitar novas quedas.
1 – O diretor-presidente da Codern, Renato Fernandes, acredita que a linha de cabotagem do Porto de Natal será concretizada ainda este ano. Ele tem trabalhado os contatos com o empresariado norte-rio-grandense, industrial e comercial, para viabilizar as cargas de entrada no porto de Natal.
2 – O grupo salineiro Maranata, de Mossoró está esperando para o final deste mês, a chegada de um navio-barcaça com capacidade de 1.800 toneladas, por embarque, para o transporte do sal da sua salina em Macau, até a refinaria, em Mossoró. A economia com o frete de caminhões será de 30%.
3 – As boas chuvas que estavam caindo no RN não foram suficientes para pressionar o preço do sal a granel. Com 95% da produção nacional, mesmo assim o Rio Grande do Norte não consegue fortalecer o setor dentro da lei de mercado (oferta x procura), empurrando o preço para cima.
Comércio varejista
Após vários meses de desempenho positivo, o comércio varejista da Grande Natal registrou queda em fevereiro, segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) e da Consult. O faturamento real teve queda de 6,82% em relação ao mês de janeiro. A boa notícia é quando se compara os faturamentos de fevereiro deste ano com fevereiro do ano passado e dos dois primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2006, os resultados são positivos (incremento de 3,8% e 6,09%, respectivamente). Por segmento, o melhor desempenho no mês de fevereiro, em relação a janeiro foi no vestuário (2,41%), seguido pelo de autopeças e acessórios (1,56%), e pelo de calçados (0,07%). No geral, o volume de salários pagos pelo comércio varejista da Grande Natal em fevereiro caiu 3,02% em relação a janeiro.
Justiça (I)
A AmBev, dona das marcas Skol, Brahma e Antarctica, entrou com uma denúncia no Conselho Regional de Contabilidade do RN, numa ação que discute a rescisão de um contrato de distribuição. Um perito da 16ª Vara Cível estimou em estratosféricos R$ 558 milhões, o valor devido pela Ambev à Natalense Comercial de Bebidas, ex-distribuidora Antarctica. O que chama a atenção, segundo a Ambev, é o fato de o perito que calculou o valor ser sócio do assistente técnico da Natalense, em uma empresa de auditoria. O Judiciário ainda não definiu qual a indenização a ser paga pela companhia, que também entrou com um recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando suspeição do perito
Justiça (II)
O juiz federal Francisco Barros, da 3ª Vara, negou o embargo de declaração pedido pela empresa NATHFW, que está construindo um hotel na Via Costeira de Natal. No recurso, a empresa tentava reverter a decisão do magistrado que havia determinado a demolição dos quatro últimos andares do empreendimento. O juiz Francisco Barros observou ainda a necessidade de conciliar o desenvolvimento econômico, social e empreendedor.
