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Primeiras entregas

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Lydia Medeiros

Assim que assumiu o comando da Polícia Federal, há quase um mês, Fernando Segóvia prometeu à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, concluir até 15 de dezembro as investigações que ela pediu sobre a menção de ministros da Corte em uma conversa entre os delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud. O áudio, revelado pela Procuradoria-Geral da República em setembro, deixava no ar suspeitas de corrupção. À época, a ministra foi à TV pedir apuração urgente do caso. Joesley e Saud pediram desculpas ao Supremo.

Ação pelo silêncio
O ministro Marcos Pereira (Indústria) tenta impedir, no STF, que a Comissão de Ética da Presidência tenha acesso a conversas gravadas entre ele e Joesley Batista. O ministro Edson Fachin decidira entregar os áudios à comissão. A defesa de Pereira alega que o caso saiu das mãos de Fachin e, agora, está com Celso de Mello. E diz que nem o cliente nem Mello tiveram acesso ao material. Em delação, Joesley diz que Pereira pediu propina.

Entrevista com Pauderney Avelino, deputado federal do DEM
O senhor está otimista ou realista sobre a chance de votação da reforma da Previdência este ano?
Otimista e realista são palavras que não exprimem a necessidade de aprová-la. A questão passa pelo entendimento dos congressistas, com o convencimento político e por meio dos números. É justo 29 milhões de segurados no regime geral da Previdência causarem déficit de R$ 150 bilhões, e 980 mil segurados do regime próprio, os servidores públicos, um déficit de R$ 78 bilhões?

Os partidos devem fechar questão?
Isso dá conforto aos deputados que acham que votar a favor poderia prejudicá-los. A campanha das corporações os atinge. Tem de fazer mostrar o tamanho da conta. Tudo que prejudicava as pessoas pobres foi retirado do texto. Não podemos é ter Previdência “Hood Robin”, em que o pobre banca rico. Temos que fazer o “Robin Hood”, o rico bancar o pobre.

Mas há tempo hábil?
Quando a Casa quer, vota-se.

Ruas e cofres vazios
A luta contra a reforma da Previdência rachou o movimento sindical. As grandes centrais recuaram e decidiram cancelar a greve geral convocada semana passada, que aconteceria ontem. As entidades de menor porte foram em frente, mas a baixa adesão foi evidente. Sem capacidade de mobilização, as centrais temem perder arrecadação de seus filiados, fonte importante de recursos depois do fim do imposto sindical.

Decisão bilionária
Está nas mãos do ministro do STF Dias Toffoli uma decisão que pode causar ao setor de geração de energia hidrelétrica perdas estimadas em R$ 4,6 bilhões. Após audiência com o ministro na semana passada, integrantes do governo saíram confiantes de que ele suspenderá centenas de liminares concedidas a empresas da área, que contestam decisões do Ministério de Minas e Energia. Essa percepção levou o governo a suspender o envio ao Congresso de medida provisória sobre a crise no setor. A informação foi dada pelo diretor-geral da Aneel a grupo de investidores, em reuniões recentes, em Brasília. O recurso da União e da Aneel está com Toffoli.

Campo magnético
O pedido da procuradora Raquel Dodge ao STF para que o deputado Lúcio Vieira Lima passe a usar tornozeleira eletrônica semeou preocupação na Câmara. Um curioso comentava: “Se a moda pega, teremos uma bancada de ‘eletroacorrentados’ no plenário, com ‘risco’ de interferência de sinal no painel eletrônico de votações.”

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