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Primeiros sinais

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Lauro Jardim

Rodrigo Maia não admitirá nunca em público, nem pode, mas tem conversado sobre o pós-Temer. Sempre com muito cuidado, diz que mudaria todo o Palácio do Planalto – com a exceção de Moreira Franco, que sairia do palácio mas poderia ser deslocado para uma pasta para cuidar especificamente das parcerias público-privadas. Não tocaria na equipe econômica. Maia não teve ainda qualquer conversa com Henrique Meirelles sobre o tema. O ministro quer ficar onde está.

Não tem fim 1 A delação de Antonio Palocci deve estar fechada em 15 dias.

Não tem fim 2 A nova fase da delação da Andrade Gutierrez será feita praticamente só com executivos que não falaram na primeira etapa. Otávio Azevedo, ex-presidente do grupo, por exemplo, está fora. Sérgio Andrade, o controlador, no entanto, fará sua estreia nas delações. Falará de propinas para Aécio Neves e Eduardo Cunha relacionadas às obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. Assim como o executivo que tratou diretamente com Aécio da construção da Cidade Administrativa, a mais grandiosa obra da gestão do tucano.

R$ 5 milhões
Joesley Batista prestou um novo depoimento à PGR duas semanas atrás. Foram doze horas e um só assunto: a compra do silêncio de Eduardo Cunha. Detalhou, por exemplo, o encontro que teve com Cunha, no início de outubro, quinze dias antes de o ex-deputado ser preso. Nesta conversa, na casa do empresário, Cunha lhe pediu R$ 5 milhões para passar os seis meses seguintes, segundo o relato do delator.

Sem extrato
Sabe a tal “conta-corrente” de US$ 150 milhões na Suíça que Joesley Batista disse que disponibilizou para Lula e Dilma Rousseff em 2014? Não se espere extratos dessas contas. Joesley tem dito que dava o dinheiro em reais quando Guido Mantega pedia, e “descontava” da tal conta suíça. O que teria sobrado serviu para ele comprar alguns bens e o resto foi repatriado em 2016.

Um ano
A propósito, na sexta-feira, Maia completa um ano como presidente da Câmara – e já com perspectiva de um novo upgrade.

O que não muda
O Brasil está cheio de incertezas, mas uma coisa já se poder cravar: seja Michel Temer, seja Rodrigo Maia, o PMDB estará na base governista.

Tempo quente
Involuntariamente, a realidade carioca tem contribuído para apressar as filmagens da série “O mecanismo”, inspirada na Lava-Jato, que José Padilha está produzindo para a Netflix, com Selton Mello no papel principal. Dia desses, depois de doze horas de gravação, a equipe de filmagem ficou ilhada quando se preparava para deixar o estúdio na zona portuária. Na rua da frente, rolava um arrastão. Nos fundos, um tiroteio no Morro da Providência. A solução foi trabalhar mais um pouco até a guerra lá de fora dar trégua. A primeira temporada, de oito episódios, termina com a prisão de Paulo Roberto Costa, em 2014. As filmagens seguem até setembro.

Sonho meu
Mesmo enrolado até a medula na Lava-Jato, Paulo Skaf ainda trabalha com a possibilidade de ser candidato a governador de São Paulo.

Sou, mas… Gilberto Kassab também se articula para tentar o governo paulista. Mas ele se impõe duas condições para se lançar. Tem que estar livre de qualquer inquérito da Lava Jato. E, em segundo lugar, só se não tiver João Doria no páreo.

Memória tucana Ao listar argumentos de por que não deveria ser abandonado, Aécio Neves foi especialmente duro com Cássio Cunha Lima e Tasso Jereissati. Lembrou que tem ótima memória.

Com reza vai? Em alguns encontros de trabalho com seus secretários e assessores, Marcelo Crivella tem promovido uma reza coletiva – antes e depois das reuniões.

Diáspora venezuelana O governo estima que, no primeiro semestre, o Brasil ganhou 10 mil novos imigrantes venezuelanos. Feitas as contas entre os que entraram e os que saíram, este foi o total do que ficou por aqui.

Eu gravo. você, não
Na porta da mansão de Joesley Batista, no Jardim Europa (SP), há uma placa de metal, de cerca de um metro de altura, na qual consta um pedido insólito para quem é o gravador-mor da República. Diz o seguinte: “Para a privacidade de todos, agradecemos a gentileza de não postar fotos e vídeos em redes sociais dos momentos aqui compartilhados”. Michel Temer deveria botar uma no Jaburu.

Os malaios A Petronas, estatal de petróleo da Malásia, prepara-se para participar do próximo leilão do pé-sal, em novembro. Em 2013, quase que a Petronas se associa à OGX. Na última hora, desistiu. Fez o melhor negócio de sua vida.

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