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Pró-Sertão tem meta de 300 facções no interior

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Não é só a indústria de mineração que ganha novas perspectivas no Rio Grande do Norte. A indústria de confecção também está diante de um novo momento. A corrida do algodão foi perdida com o aparecimento do bicudo algodoeiro que dizimou o plantio no semi-árido nordestino, a partir da década de 80. O Rio Grande do Norte, “dono” da marca do algodão fibra longa, assistiu a derrocada dessa atividade e o surgimento de grandes áreas no mundo e no Brasil, como no Centro Oeste, Sul do Maranhão e do Piauí e oeste da Bahia. A proposta do Governo do Estado agora é ampliar as facções industriais com a missão de levar o desenvolvimento ao interior e incentivar a competitividade de pequenas confecções inseridas na cadeia de valor de grandes indústrias.
Facções vão ampliar a oferta de empregos em várias regiões do Estado, principalmente no Seridó que lidera a procura
Neste novo momento, o projeto tem início na indústria Guararapes, que emprega atualmente 13 mil pessoas e conta com o serviço de 40 facções, responsáveis por atividades específicas na cadeia de valor, como acabamento de peças. O objetivo é ampliar para 300 esse número de pequenos negócios gerando 5 mil novos empregos até o fim de 2014 e 20 mil nos próximos quatro anos, com meta de atingir a produção de 120 mil peças por dia até 2017. É uma forma de competir com os produtos chineses que inundam o mercado paralelo de confecções do País.
#SAIBAMAIS#
Contrato
Essas ações devem induzir o desenvolvimento tecnológico nas facções, levando em conta a tríade gestão, processo e produto, a partir das políticas corporativas das grandes empresas e, assim, possibilitar o acesso dessas empresas de pequeno porte a novos mercados e qualificar cerca de 16 mil profissionais. Por cada peça a contratante paga entre R$ 0,25 a R$ 0,35 e chega a adquirir até 100 mil peças/mês, dependendo da capacidade da facção.

Mas, toda a moeda tem dois lados. Não existe contrato firmado entre a grande indústria e a facção. Esse modelo de negócio surgiu há quase 20 anos na região Agreste, com várias empresas, até hoje uma delas, a Alpargatas, lança mão desse modelo para produzir os seus produtos. Como não há contrato, o microempresário pode ter uma encomenda para outubro de 150 mil peças, exigindo dele a contratação de mais trabalhadores e faça financiamento bancário para aquisição de máquinas e, em janeiro, esse pedido caia para 60 mil peças. Como ficam os compromissos assumidos pelo dono da facção? Indaga um deles que não quis se identificar.

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