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Problemas com as urnas atrasam eleições nos EUA

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EUA - Pesquisa mostra que vantagem dos democratas será menor que o esperadoWashington (AE-AP) – Erros de programa e a falta de experiência dos eleitores com as máquinas de votar eletrônicas atrasaram a votação de ontem nas eleições legislativas americanas em vários Estados, entre eles Indiana, Ohio – nas quais a disputa é mais acirrada entre democratas e republicanos – e Flórida. Um terço dos distritos eleitorais dos EUA utiliza voto eletrônico, mas o tipo de urna é diferente em cada Estado. Em alguns casos, dentro de um mesmo Estado, o sistema de votação não é o mesmo em todos os condados.

Na maior parte dos distritos onde se registraram problemas, as máquinas foram substituídas por cédulas de papel. Também houve falhas com a nova base de dados de registro de eleitores. Em alguns Estados do noroeste (principalmente em Washington e Oregon) e do leste dos EUA, fortes chuvas ameaçavam o esperado aumento do comparecimento em relação às eleições de meio de mandato de 2002, quando 40% dos eleitores foram às urnas. Na véspera da votação, institutos de pesquisas estimavam que entre 42% e 47% dos 138,8 milhões de eleitores se dispunham a comparecer às suas respectivas seções eleitorais. Embora ainda não houvesse dados oficiais sobre participação, fontes de imprensa afirmavam que a sensação era a de que o fluxo de eleitores era maior do que o percebido em eleições anteriores.

O índice de comparecimento é um fator-chave para que os democratas atinjam a meta de tomar o controle do Congresso. Nas eleições anteriores, a abstenção foi maior entre os filiados do partido do que entre os republicanos. Segundo as sondagens, embalados principalmente pelos problemas da administração de George W. Bush na condução da guerra no Iraque, a oposição democrata tinha grande possibilidade de retomar o controle da Câmara dos Representantes e uma boa chance de reaver a maioria no Senado.

Além de Ohio e Indiana, as atenções estavam voltadas principalmente para as acirradas disputas para uma vaga na Câmara em distritos do Kentucky, Connecticut e Pensilvânia. Depois de um giro de campanha por dez Estado americanos, no qual tentou defender sua política para o Iraque e acusou os democratas de planejarem aumentar impostos, Bush votou logo pela manhã num quartel do Corpo de Bombeiros perto de sua fazenda em Crawford, no Texas. Ao lado da primeira-dama,  Bush brincou com repórteres dizendo que seu voto “estava quase decidido”. “Vivemos numa sociedade livre e o sucesso do nosso governo depende da disposição de nosso povo de participar desse processo”, disse.

Pesquisa mostra queda na vantagem democrata

Washington (AE) – No dia da eleição, o instituto de pesquisa Zogby International reviu sua previsões mais otimista de uma vitória arrasadora dos democratas, mas continua apostando na derrota republicana. A Zogby previa que os democratas iriam conquistar de 25 a 30 cadeiras a mais na Câmara, “possivelmente mais”, e que havia uma possibilidade de um pouco mais de 50% de o partido ganhar as seis cadeiras necessárias para conquistar o Senado.

“A vantagem dos democratas caiu e hoje eu diria que acredito na conquista de até 30 cadeiras na Câmara, mas será bem mais difícil os democratas ganharem no Senado”, disse John Zogby, presidente da Zogby International. Zogby acredita que os democratas vão levar apenas 2 a 3 cadeiras no Senado. “Os democratas têm uma vantagem confortável na Câmara, mas a possibilidade de ganharem o Senado vem caindo.”

A redução da vantagem democrata, segundo Zogby, deve-se a dois fatores. Em primeiro lugar, os eleitores negros e hispânicos, tradicionalmente democratas, não estavam muito motivados e podem ter baixo comparecimento às urnas. E outros eleitores queriam votar no Partido Democrata como um protesto contra a guerra do Iraque não sentiram que os democratas tinham uma estratégia clara para sair do conflito.

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