O Comando Geral da Polícia Militar instaura hoje o procedimento que vai investigar a culpa de três soldados em um caso de seqüestro e extorsão ocorrido na última sexta-feira. Os três militares foram presos em flagrante após raptarem um homem que já respondeu processo por tráfico, e exigir R$ 6 mil da família dele para que montassem um flagrante forjado.
Até a manhã de ontem, o sub-comandante geral, coronel Humberto, não tinha conhecimento de detalhes sobre os policiais, mas informou que se eles tiverem menos de 10 anos de polícia, responderiam a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), e que, se tiverem mais de dez anos, a um Conselho de Disciplina. O processo de investigação no âmbito militar tem prazo estipulado de 30 dias, mas pode ser prorrogado caso seja necessário. “Eles vão ter amplo direito à defesa. Mas as acusações são graves, e caso sejam confirmadas, eles podem ser excluídos da Polícia”.
Luciano Rocha da Silva, de 34 anos, Márcio França Ferreira, de 32 e Márcio André Souza Silva, de 28, continuam detidos no QCG, mas à disposição da justiça comum. Informações não confirmadas dão conta de que as provas do caso já estão na mesa do secretário da Defesa Social, Glauberto Bezerra, e a situação dos acusados estaria complicada, mediante as evidências do fato.
Os três policiais foram presos depois que a esposa do homem mantido sob poder deles procurou a polícia civil. Uma operação foi montada com cerca de vinte policiais. Os PMs ligavam a todo momento para a mulher, exigindo o dinheiro. Um falso encontro foi marcado para a avenida 9, e os policiais receberam voz de prisão no momento em que foram receber o dinheiro.
