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Procurador aponta contas de Cunha

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Brasília (AE) – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou a deputados do PSOL que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e parentes têm contas bancárias na Suíça. Na semana passada, o PSOL apresentou questionamentos a Cunha sobre a denúncia revelada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, de que ele e alguns parentes teriam depósitos em contas bancárias na Suíça que somariam perto de US$ 5 milhões.
Rodrigo Janot encaminhou as respostas ao PSOL sobre existência das contas de Eduardo Cunha
Os mesmos questionamentos foram enviados também à Procuradoria Geral da República (PGR), que encaminhou as respostas ao partido. A PGR confirmou aos parlamentares que as contas bancárias de Cunha foram bloqueadas por autoridades suíças. De acordo com o documento encaminhado ao PSOL e assinado pelo procurador, o presidente da Câmara é investigado por lavagem de dinheiro e corrupção segundo o Ministério Público suíço. Com base nessas informações, o PSOL informa que representará contra Cunha, na próxima terça-feira (13), no Conselho de Ética da Câmara.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria usado o mesmo banco que foi utilizado pelos ex-diretores da Petrobras para desviar milhões de dólares em propinas. Fontes próximas à investigação confirmaram que a instituição usada por Cunha foi o Julius Baer, que também teve como clientes o ex-gerente Executivo de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, além de Renato Duque e Jorge Zelada.

Em Berna, fontes confirmam que o banco Julius Baer está colaborando e que foi do banco que veio em abril um informe apontando para suspeitas de lavagem de dinheiro. Oficialmente, a instituição se recusa a comentar o caso indicando em um e-mail à reportagem que não falará sobre o assunto. A reportagem apurou que um dos fatores que criou surpresa entre os gerentes das contas foi a diferença entre a renda de Cunha e os valores movimentados.

#SAIBAMAIS#Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o valor congelado teria sido de US$ 2,4 milhões. Procurado, o Ministério Público da Suíça não comentou a informação. Pessoas próximas ao processo também indicaram que as contas chegaram a ter perto de US$ 5 milhões e a suspeita em Brasília é de que Cunha possa ter outras contas no exterior.

Ministro do STJ rejeita recurso e mantém Nestor Cerveró preso
São
Paulo (AE) – O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou recurso em habeas corpus em que a
defesa de Nestor Cerveró contestava novamente a prisão preventiva do
ex-diretor da Petrobras, envolvido na operação Lava Jato.

O
recurso sequer terá seguimento, pois o ministro constatou que se trata
de repetição de argumentos já afastados no julgamento de habeas corpus
(HC 323.403), negado pela Quinta Turma da Corte superior em agosto
passado. Cerveró, que teve a prisão preventiva decretada em janeiro
deste ano, foi denunciado por receber vantagem indevida durante o
período em que ocupava a diretoria da Área Internacional da Petrobras.
Ele já foi condenado em primeira instância na Justiça Federal por
corrupção e lavagem de dinheiro.

O ministro também rejeitou outro
recurso, que sustentava a nulidade de uma das sentenças que condenou
Cerveró à pena de cinco anos por lavagem de dinheiro. Ocorre que o
pedido não foi feito pela defesa constituída do ex-diretor da Petrobras,
mas por um terceiro, sem qualquer relação com o réu, e que sequer é
advogado.

Ex-diretor da Petrobras deixa a prisão domiciliar
São
Paulo (AE) – O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa saiu do regime de prisão domiciliar. Um ano depois de fechar
acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, ele
pode agora passar o dia fora, mas ainda sob monitoramento de
tornozeleira eletrônica e com a obrigação de dormir em casa.

A
mudança de regime estava prevista no contrato firmado com o Ministério
Público Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) –
instância que conduz a Lava Jato no âmbito de políticos com foro
privilegiado denunciados por Paulo Roberto Costa.
O advogado João
Mestieri, que defende o ex-diretor da Petrobras no processo, destacou
que ele deve cumprir horários rígidos – seu retorno ao lar tem que
ocorrer até as 20h. Nos fins de semana Costa tem de ficar em casa.

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