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Procurador quer investigar Agripino

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. O parlamentar foi citado em delação premiada de empresário do Rio Grande do Norte na qual é acusado de ter cobrado propina de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Estado.
No STF, o caso foi distribuído para a ministra Cármem Lúcia, que vai decidir se aceita ou não o pedido de inquérito contra Agripino
A delação premiada, feita pelo empresário George Olímpio, foi divulgada no domingo pelo programa Fantástico, da TV Globo. Como senador, Agripino Maia tem foro privilegiado e por isso cabe ao PGR pedir a abertura de inquérito ao Supremo. O caso foi distribuído à ministra Cármen Lúcia no STF, que deverá decidir se aceita ou não o pedido.

O nome do presidente do DEM reapareceu no caso domingo passado quando foram divulgados trechos da delação premiada do empresário George Olímpio, afirmando que Agripino teria cobrado mais de R$ 1 milhão para permitir o esquema no serviço de inspeção veicular. A acusação de Olímpio ao senador é semelhante à que fez o lobista Alcides Barbosa, em 2012, também em depoimento ao Ministério Público.

#SAIBAMAIS#Há três anos, com base nas acusações de Alcides, o Ministério Público do RN encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) pedido de investigação sobre José Agripino. O então procurador-geral, Roberto Gurgel, determinou o arquivamento do processo devido à inexistência de indícios que confirmassem a participação do senador na Operação Sinal Fechado. “(…) não vejo como dar seguimento a eventual investigação, que imporia necessariamente a quebra do sigilo bancário dos eventuais envolvidos, sem fundamento razoável para a medida”, diz o documento assinado em 31 de outubro de 2012.

Entrevista
Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, Agripino confirmou ter recebido Olímpio tanto na cobertura em Natal quanto em seu apartamento em Brasília. De acordo com o senador, o empresário é “parente de amigos” de seu pai. O senador, no entanto, negou ter cobrado ou recebido propinas de Olímpio. “Ele não me deu R$ 1 milhão coisíssima nenhuma. Eu nunca pedi nenhum dinheiro, nenhum valor, conforme ele próprio declarou em cartório”, disse o senador. “É uma infâmia”, completou. Em 2012, Olímpio registrou um documento  em um cartório de Natal no qual afirmava nunca ter dado dinheiro ao presidente nacional do Democratas.

De acordo com os promotores que investigam o caso, em 2014, o empresário mudou de ideia quanto ao que disse no primeiro depoimento, ao sentir-se abandonado pelos amigos. George Olímpio procurou o Ministério Público do RN para sugerir a colaboração em troca de benefícios penais. Embora tenha feito a delação, Olímpio continua figurando como réu no processo.

Apontados
Segundo Olímpio, além de Agripino, participavam do esquema a ex-governadora do Rio Grande do Norte e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), seu filho Lauro Maia, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PMDB), e o ex-vice-governador Iberê Ferreira (PSB), morto em setembro do ano passado. Todos negaram envolvimento, incluindo a família do ex-governador Iberê Ferreira.

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