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Produção da Bacia de Santos demora 10 anos

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Rio – A Petrobras deve levar uma década para iniciar a produção nas  reservas de petróleo leve descobertas recentemente na Bacia de Santos. Segundo  o diretor de exploração e produção da companhia, Guilherme Estrella, o prazo  é necessário para a avaliação dos resultados e busca de novos reservatórios  que justifiquem o investimento na região. Ontem, Estrella afirmou que a  empresa deve confirmar a existência de três novos campos produtores ainda este  ano.  A descoberta de reservas a altas profundidades em Santos foi comemorada pela  companhia, que confirmou expectativas sobre a existência de petróleo abaixo  de uma extensa camada de sal que existe no subsolo da região.

Os testes de produção  no primeiro poço foram bem sucedidos, mas o diretor da Petrobras disse que a  empresa precisa agora iniciar um programa de perfuração de novos poços no local.  O objetivo é encontrar novas acumulações de petróleo, para diluir os altos custos  de produção em reservatórios tão profundos. “Nessas condições, não dá para desenvolver  pequenas acumulações”, afirmou o executivo. A descoberta já anunciada fica abaixo  dos 8 mil metros, o que cria diversos obstáculos tecnológicos. Estrella disse,  porém, que o prazo estipulado não é grande, em se tratando do desenvolvimento  de uma nova província petrolífera.  A descoberta foi feita em parceria com a britânica BG e a portuguesa Petrogal. 

A Petrobras não fala em volumes de reservas, mas no mercado estima-se que, segundo  os dados do primeiro teste, há pelo menos 250 milhões de barris de petróleo.  Estrella não quis confirmar números alegando que a empresa está fazendo uma”radiografia”  dos resultados do poço.  O executivo informou que a Petrobras deve validar três novos campos com reservas  de petróleo e gás ainda neste ano. Isso significa que a companhia se compromete  a investir no início da produção dos campos, que estão localizados no Estado  do Espírito Santo. Pelo menos dois deles já são conhecidos, o ESS-164, na Bacia  do Espírito Santo, e o ESS-130, na Bacia de Campos, na jurisdição capixaba.  Ambos já foram citados no Plangás (Plano de Abastecimento de Gás), lançado pela  Petrobras no primeiro semestre. No caso do ESS-164, a expectativa é de produção  de 10 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Já o ESS-130 terá produção  associada de óleo leve (100 mil barris estimados por dia) e gás natural (3,5  milhões de metros cúbicos por dia). 

Segundo Estrella, há um terceiro campo, na região de Golfinho, cujos estudos  ainda estão sendo concluídos, mas que já possibilitam estimar reservas de 100  milhões de metros cúbicos de barris de óleo equivalente.

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