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Produtos potiguares miram em SP

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Expandir as atividades industriais potiguares para São Paulo, o maior mercado do Brasil, e um dos maiores da América: esse é o objetivo do projeto Produto Potiguar, lançado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nesta sexta-feira, 20. Aumentar os lucros, o mercado e o alcance dos produtos do Rio Grande do Norte foram os princípios que nortearam a elaboração do projeto, que já conta com quinze empresários participantes. Inicialmente, o segmento escolhido para ser contemplado pela iniciativa será o de alimentos, o que deve abranger queijos, carne de sol, geléias artesanais, água-de-coco e outros, produzidos no Estado.

Capitaneados por Amaro Sales, presidente da Fiern, e do Sebrae/RN, Zeca Melo, empresários acompanharam lançamento do projeto

Capitaneados por Amaro Sales, presidente da Fiern, e do Sebrae/RN,
Zeca Melo, empresários acompanharam lançamento do projeto

Para fundamentar o projeto, o Sebrae elaborou uma pesquisa qualitativa de mercado que mostra que o público potencial para os produtos potiguares em São Paulo é estimado em 4,7 milhões de pessoas. Entre elas, norte-riograndenses e nordestinos radicados na cidade, além dos moradores locais. Por outro lado, enquanto há uma demanda constatada pela pesquisa, há uma lacuna no mercado, com baixa participação das marcas do RN no estado de São Paulo. O foco, portanto, de acordo com os idealizadores do projeto, será suprir esse espaço com produtos com forte identidade local e alto valor agregado, diferenciando-se daqueles que já estão disponíveis no mercado atualmente.

O investimento inicial colocado no projeto foi de R$ 134 mil. Desse valor, 50% será subsidiado pelo Sebrae, 30% pela Fiern e 20% virão de contrapartidas das empresas participantes. A primeira etapa do projeto vai consistir em uma série de consultorias e preparações para colocar os empresários potiguares em contato com o mercado paulista. “Como estamos tratando de empresas que possuem, inclusive, produtos perecíveis, toda a parte de adequação, de embalagem, de transporte, tem que ser pensada com cuidado. É o que vamos ajudá-los a fazer nessa parte inicial”, explicou o superintendente do Sebrae, Zeca Melo.

Qualidade
Na prática, de acordo com o presidente da Fiern, Amaro Sales, o projeto vai ajudar as empresas potiguares a faturar mais. “Ele traz o sentimento de que vamos aumentar o faturamento das empresas. Está na hora de abrir novos caminhos. O produto potiguar que vai chegar lá não vai ser apenas um produto potiguar. Vai ser também um produto de qualidade, de presteza, de rapidez e frequência”, afirma Amaro.

Grande parte das empresas que aderiram ao projeto já exportam seus produtos para outros estados do Nordeste. É o caso da Aqua Coco. De acordo com Diogo Gaspar, proprietário da empresa que começou em 2002 e já exporta para quatro estados nordestinos, a experiência será útil, mas as especificações do mercado paulista devem ser vistas com cuidado. “É um mercado que não admite amadorismos ou erros, justamente por ser tão competitivo. Nós temos a capacidade de exportar mais, mas vamos precisar observar algumas coisas como, por exemplo, o tempo de envio dos produtos, que no meu caso são perecíveis, para garantir que estejam sempre disponíveis para aqueles que fecharem negócios conosco”, explica Diogo.

Após a fase de consultorias e adequações, Fiern e Sebrae vão ajudar a criar uma ponte entre os empresários potiguares e o mercado paulista. O fechamento do negócio, no entanto, será feito pelos próprios empresários potiguares e paulistas, uma vez que tenham entrado em contato. “Será uma operação um pouco diferente das que fazemos no dia-a-dia, mas estamos com o sentimento de que isso será uma alavanca positiva para impulsionar a economia do nosso Estado”, concluiu Amaro Sales.

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