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Professor defende medida preventiva

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No Brasil, atualmente, a rotina dos bancos de sangue inclui testes para detecção de Aids (vírus HIV), hepatite C (vírus HCV), hepatite B (vírus VHB), vírus T-linfotrópico humano (HTLV), sífilis (bactéria Treponema pallidum) e doença de Chagas (protozoário Trypanosoma cruzi).
Eduardo Levi confirma transmissão de dengue por transfusão
Segundo a professora Ester Sabino, arbovírus como os causadores de dengue, Zika, chikungunya, atualmente, só são possíveis de serem detectados por testes moleculares do tipo PCR – mais caros do que testes sorológicos, que buscam anticorpos. Para a pesquisadora, ainda não há evidências consistentes de que seja necessário triar os doadores de sangue para a presença do vírus conhecido como DENV.

#SAIBAMAIS#No editorial, José Eduardo Levi afirmou que, quando investigados mais profundamente, os casos de transmissão transfusional podem causar doença sintomática e medidas de prevenção efetiva devem ser adotadas pelo menos no caso de uma parcela de doadores mais vulneráveis.

Os pesquisadores ainda comentaram a possibilidade de adotar, no futuro, técnicas de inativação viral para tratar todo o sangue doado para fins de transfusão. “Com a popularização dos métodos de sequenciamento, tem sido mostrado que os seres humanos abrigam um verdadeiro viroma em seu organismo. Nosso plasma carrega inúmeros vírus diferentes – alguns não causam doença e alguns ainda não sabemos o que podem causar. As técnicas de inativação viral hoje disponíveis só podem ser usadas em plasma e plaquetas – não servem para hemácias. Além disso, elevam consideravelmente o custo do procedimento”, comentou Sabino.

Numa entrevista para um publicação especializada, no final do ano passado, Levi disse: “Eu e outros pesquisadores temos trabalhado com um caso parecido que é o da dengue. Já foram registrados milhões de casos de dengue no Brasil e nem por isso fizemos testes para esse vírus em bancos de sangue. E é notório que a dengue é transmitida por transfusão no Brasil, não há dúvida quanto a isso. Estudos em várias regiões do país mostram que no pico da epidemia, entre março e abril, chega-se a ter 1 ou 2% dos doadores com vírus circulante. E não vemos casos de dengue transfusional. Existe ainda o caso do vírus do oeste no Nilo, que tem uma repercussão transfusional muito importante. A pessoa que recebe sangue com esse vírus pode ter encefalite, paralisia e outros problemas. Os Estados Unicos já fazem a triagem desse vírus há mais de 10 anos. Se fôssemos fazer uma analogia com o vírus da dengue, nós estaríamos investindo muito para algo que não tem repercussão clínica.

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