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Professores da rede estadual votam pela continuidade da greve

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A greve dos professores estaduais da educação continua. A decisão foi tomada em assembleia da classe, realizada na manhã desta terça-feira (17) na Escola Estadual Winston Churchill. Os professores tentam uma nova negociação com o desembargador Glauber Rego para melhorar a proposta existente – de reajuste integral do piso dos ativos, reajuste escalonado dos inativos, e pagamento dos retroativos do primeiro trimestre em 2019. A classe volta a se reunir em nova assembleia na quinta-feira (19).

Assembleia foi realizada na manhã desta terça-feira

Assembleia foi realizada na manhã desta terça-feira na Escola Estadual Winston Churchill

Na avaliação da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Público (Sinte), é possível conquistar mais nas negociações com o Governo do Estado. “O reajuste do piso é de 6,8%. É possível que os aposentados tenha o valor reajustado sem ser de forma escalonada. Dividir o reajuste por seis meses é dar prejuízo a essas pessoas”, defende José Teixeira, coordenador geral do sindicato. Caso o Estado rejeite a proposta, a inicial será reapresentada na quinta-feira para nova votação.

Durante as intervenções dos professores na assembleia, o judiciário foi criticado por propor o pagamento do retroativo escalonado somente a partir de outubro, quitando o valor somente em março de 2019. Os professores compararam com a tentativa do pagamento retroativo de licenças-prêmio, tentada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte nos últimos dias. “Os juízes querem pagar o retroativo dividido para nós, enquanto eles tentavam retirar R$ 300 mil em um mês só. Eles alegam que o judiciário tem orçamento próprio, mas esse orçamento sai do nosso bolso”, disse um dos professores.

Outra crítica é em relação a falta de respostas do Governo do Estado sobre a situação da infraestrutura das escolas. Essa é outra pauta da greve, que recebe apoio de estudantes e seus familiares. Nesta terça-feira, alguns estiveram presentes na assembleia e se posicionaram a favor da greve. “Nós entendemos que a educação está sendo sucateada, e que o Governo não dá resposta a isso. Lutamos por melhoria e somamos com a greve dos professores”, disse Marcos Alexandre, estudante secundarista.

Os professores pedem o reajuste de 6,8% no piso salarial dos ativos e inativos. De acordo com o Sinte, o reajuste devia ser feito em janeiro deste ano. Em negociação com o Governo, mediada pelo Judiciário, a proposta apresentada foi de reajuste integral para os ativos a partir da folha de abril, escalonamento em seis meses para os inativos e pagamento do retroativo somente a partir de outubro, também em seis meses.

Atualizada às 11h21

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