Na proposta do Governo, o reajuste de 12,84% seria implantado em três parcelas de 4,11% ao longo dos meses de 2020. Para os trabalhadores da ativa, o reajuste seria implantado em junho, setembro e dezembro de 2020. Já para os inativos, o aditivo no valor seria implementado em agosto, outubro e dezembro.
O Sindicato irá levar uma contraproposta ao Governo do Estado nos próximos dias. A proposição aprovada é de que o reajuste deve ser implementado de imediato e que o retroativo, referente a janeiro, fevereiro e março, seja pago em três parcelas.
“Entendemos que a proposta foi insuficiente para atender a demanda da categoria. Apesar de ter avançado, ela ainda não tem aquilo que a categoria deseja que é a implantação do piso de forma imediata, totalizada e com o retroativo que venha a ser curto a devolução desse recurso a categoria”, disse a coordenadora geral do Sinte-RN, Fátima Cardoso.
Ainda de acordo com a presidente do sindicato que representa os educadores estaduais do RN, os professores vão conversar com os alunos nesta quinta e a entidade deverá solicitar uma reunião com o Poder Executivo.
“Vamos pedir audiência até a próxima sexta-feira, porque na segunda-feira, às 8h30, teremos uma nova assembleia de avaliação da greve”, salientou Fátima Cardoso.
Na proposta do Governo, a implantação do retroativo seria feita em 24 parcelas a partir de janeiro de 2021. No texto, assinado pelo secretário de Educação, Getúlio Marques, o Executivo diz que “se compromete a antecipar integralmente o pagamento de todas as parcelas, a qualquer tempo, no momento do recebimento dos valores da diferença ou do saldo do Fundef, processo já julgado pelo Supremo Tribunal Federal com decisão favorável ao Estado do Rio Grande do Norte”, diz.
O texto também é assinado pelo secretário chefe da Casa Civil do RN, Raimundo Alves, e a secretária de Administração, Virgínia Ferreira.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação da Cultura do Esporte e do Lazer (SEEC-RN) afirmou que aguarda a apresentação, por parte do sindicato, de uma contraproposta para reajuste e uma nova reunião deverá ser marcada nos próximos dias.
Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, o secretário de Educação, Getúlio Marques, disse que, se fossem implementados de forma imediata, o reajuste custaria R$ 300 milhões aos cofres do Governo. Essa quantia, segundo ele, não está disposta na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, tendo sido reservado um valor entre R$ 80 e 90 milhões, segundo ele.