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Profissionalizar

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Itamar Ciríaco/ [email protected]

Aos 104 anos o América, assim como todo futebol brasileiro, seguem necessitando de profissionalismo. O clube que festeja amanhã (14) sua data de fundação sabe que mais um ano na Série D representa um grande desafio, principalmente de ordem financeira. No entanto, os números do futebol apontam para um mercado gigantesco, cuja exploração, por grande parte dos clubes e entidades ligadas à modalidade, não é explorado.
Profissionalizar 1
De acordo com dados do Ministério dos Esportes, o Brasil tem cerca de 800 clubes de futebol e reúne durante o fim de semana cerca de 10 mil atletas em competições, 500 mil torcedores nos estádios e perto de 30 milhões de pessoas assistindo pela TV, o que representa, aproximadamente, 20% da população do país. Os números não negam, o futebol é um produto que gera interesse. O desafio de cada clube é transformar esse interesse em dinheiro.
Profissionalizar 2
Para o leitor ter uma ideia, um dos últimos trabalhos científicos patrocinados pela CBF, para avaliar um processo que apontasse um caminho profissional para o País no futebol foi de 1998, ou seja, 11 longos anos e uma Copa do Mundo no Brasil no meio. “O Dossiê de Modernização do Futebol Brasileiro (1998)”, foi feito em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e concluiu que o segmento do desporto era, naquela época, responsável por 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, equivalente a 29 bilhões de reais, e que só o futebol responde por 60% desse valor. Baseado em informações da Fifa (2000), 400 milhões de seres humanos ao redor do mundo possuem trabalho em função do futebol e movimentam em torno de 280 bilhões de dólares por ano.
Profissionalizar 3
O Rio Grande do Norte, apesar de ser um Estado pobre, encravado numa região com profundas desigualdades sociais, também tem suas potencialidades. Buscar esse caminho é o desafio. Atrair o torcedor, transformar paixão em investimento no clube é uma missão complexa, mas que vem sendo vencida em alguns locais. O marketing esportivo tem que ser levado à sério. Nada de “operações tapa buraco”. As crises também podem ser vistas como oportunidades para um crescimento sustentável. Mercado existe e está comprovado.
“Achismo”
Segundo os números divulgados pela Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol – CBF as críticas ao uso do VAR no futebol brasileiro não têm o menor fundamento. O relatório aponta que o instrumento tecnológico tem feito bem às disputas em território nacional e que os questionamentos são frutos apenas do “achismo” de analistas e torcedores, sem bases fundamentadas em dados.
“Achismo 1”
O relatório divulgado pelo presidente da comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba lista que nos primeiros 89 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, 40 erros foram corrigidos pelo VAR. O índice de  acerto da arbitragem nos lances passíveis de uso da tecnologia (gols, expulsões, pênaltis e erros de identificação) subiu de 57,4% (dados de 2018, quando a tecnologia ainda não era utilizada) para 97,1% nas primeiras nove rodadas. Nas situações de penalidades, os árbitros registraram até agora 91,4% de acerto (era de 57,4% em 2018, sem o VAR). Em relação aos impedimentos: 93,4% a 85,7%.
Revelação
Aos 71 anos, Geninho, o técnico mais velho em atividade no Brasil concedeu uma entrevista maravilhosa ao portal UOL. Está imperdível o texto da reportagem e alguns vídeos. Sem emprego após deixar o Avaí, o técnico conta histórias sobre a sua carreira e revela fatos inusitados. Uma das revelações põe por terra um antigo boato que circula por terras potiguares. Segundo a boataria, o ABC deveria uma bela grana ao antigo comandante. No entanto, na matéria, Geninho disse que nenhum dos clubes que ele trabalhou ficou sem quitar seus débitos com ele.
Tite
Como qualquer treinador que tenha a oportunidade e a coragem de assumir o comando da Seleção Brasileira, Tite recebe muitas críticas. No entanto, os números do comandante da amarelinha são seus maiores escudos. Desde que sentou no banco como chefe da comissão técnica, o gaúcho comandou o Brasil em 42 partidas. Venceu 33 vitórias, empatou sete e perdeu duas. Um aproveitamento de 84,1%.

Tite 1

A defesa tem se destacado na “era Tite” comandando a Seleção Brasileira. Mas nem por isso o ataque não existe. O ataque tem 93 gols, média de 2,2 por partida. Em quase 4 mil minutos de bola rolando, a equipe verde e amarela tomou apenas 11 gols, uma média de apenas 0,2 por partida. Ou seja, é como se a equipe de Tite tivesse quase que 100% de chances de terminar um jogo vencendo por 2 a 0, no mínimo.

Tite 2

Muitos reclamam da teimosia do treinador em algumas escalações. Nesse campo, os números podem dar razão aos críticos, pois eles mostram que Tite tem suas preferências e pouco muda quando vai escalar. Quem mais atuou foi Philippe Coutinho, com 38 participações nas 42 partidas. Gabriel Jesus foi a campo 35 vezes. Neymar, que ficou fora da Copa América é só o sétimo na lista, com 27 partidas.
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