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Programa eleitoral

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Agnelo Alves
jornalista

Impossível ignorar o trabalho dos assessores. Indispensável. Afinal, os candidatos não são deuses isentos de erros.  Mas não tenho nenhuma dúvida de que o chamado “horário eleitoral” deveria ser exibido ao vivo e não como é, gravado, com os candidatos tendo direito a errar a leitura, tropeçar no que estão lendo, repetir tantas vezes quantas forem necessárias e ainda as filmagens serem “editadas”, isto é, manipuladas pela assessoria.

O “horário eleitoral” na televisão é uma peça publicitária tipo artigo de supermercado, em que se comercializa o preço de um quilo de linguiça, uma marca de sabão, etecétera, etecétera e tal e companhia limitada, não faltando os adereços de iluminação, roupas, cortinas e vai por aí. Não faço nenhuma questão de assistir. Preferia até não acompanhar, para não escolher meus candidatos como produtos que são vendidos nas lojas de supermercados, não faltando as ofertas de abatimento dos preços.

As peças que tenho exibido nos trinta segundos que tenho direito, as faço de improviso. O máximo de concessão é saber qual o tema. E gravo o improviso, representando o meu pensamento. Se fosse candidato a cargo majoritário procuraria meus concorrentes para apresentarmos o que pensamos e não o que “pensam como apresentar”, do modo que hoje fazem os marqueteiros e assessores, competentes em suas profissões.

Só que o produto não é banana, abacaxi, tampouco o preço de liquidação da linguiça e outros produtos afins. Estou vendo a hora chegar à exibição de dançarinas em trajes digamos “atraentes”, lantejoulas coloridas, com os candidatos lendo e elas dançando como nos programas de entretenimento, incluindo a apresentação de palhaços profissionais e outros artistas legítimos, atores e atrizes.

Daí os debates apresentarem um “que” de atração. Neles os candidatos são diferentes das marionetes que se apresentam nos horários ditos “gratuitos”, quando, na verdade, custam os “olhos da cara”. Com todos os abatimentos de fazer inveja a todos os supermercados.

E a tendência é piorar. A situação pode ficar de mal a pior. Uma coisa é a escolha de um candidato. Outra coisa é a venda de um produto de supermercado. Se bem que dizem que o dono das carnes que estão nacionalmente famosas é candidato. Sou mais o churrasco do que o candidato dono do frigorífico.

E o ABC, hein?
Taí, o que ninguém esperava aconteceu: O ABC nas quartas de finais da Copa Brasil. Empatou com o Vasco da Gama em São Januário, no Rio de Janeiro, e ganhou aqui em Natal, no Arena das Dunas.

“Que venha o Cruzeiro”, desafiam os abecedistas na gozação. Só trazer o time brasileiro mais bem estruturado para jogar em Natal já é um feito, realmente.

E o América ontem?
Escrevo antes, bem antes, do jogo América x Atlético Paranaense. O América jogava com vantagem conquistada de três gols, na vitória aqui em Natal.

Dá para imaginar uma final entre o ABC e o América na Copa Brasil? Pois tem gente acreditando. Eu apenas torço.

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