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Projeção é de crescimento anual de 5% para o RN

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A economia do Rio Grande do Norte poderá crescer a um ritmo de 5%, ao ano, até 2035. O prognóstico, que em princípio pode soar utópico frente a atual conjuntura de desaceleração do crescimento da economia (atuais 2%), é possível. É o que atesta o Programa MaisRN que será lançado no próximo dia 18, pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).

Para alcançar tal projeção, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico para o Rio Grande do Norte dos próximos 20 anos demanda investimentos governamentais em infraestrutura; em melhoria da qualidade da educação para a formação de recursos humanos; e no desenvolvimento do empreendedorismo e na consolidação do Estado e instituições. Estas são as quatro grandes agendas de iniciativas e resultados do Mais RN.
A ampliação da capacidade de geração eólica de 1164 Megawatts (MW) para 4712 MW é uma das metas apontadas pelo Mais RN
O trabalho encomendado à empresa de consultoria Macroplan pela Fiern, realizado em cooperação institucional com o governo do estado, foi pensado para planejar o futuro econômico do Rio Grande do Norte. O mapeamento de oportunidades de negócios em segmentos de alto potencial de crescimento e demais informações necessárias para investimentos e negócios constarão de um banco de dados, que relaciona atividades econômicas, dados estatísticos, meio físico, social, infraestrutura e redes de serviços necessárias para análise dos investidores e também gestores públicos.

Para fomentar a competitividade sistêmica do Estado – superando o atual padrão da Bahia e aproximando o ambiente de negócios potiguar da liderança do ranking nordestino, o presidente da Fiern, Amaro Sales, lembra que é preciso “combinar o fortalecimento dos fatores de competitividade com a promoção ativa de empreendimentos produtivos”. O Programa estabelece metas e mostra como poderão ser executadas em cada atividade econômica.

Energia

A ampliação da capacidade de geração de energia eólica de 1164 Megawatts (MW) para 4712 MW é uma das metas apontadas e que poderá ser viabilizada por meio da construção de novas usinas e também da formação de recurso humano especializado. No tocante a energia solar, a proposta é a ampliação da capacidade de geração para 1000 MW.

Já para a indústria de transformação, o MaisRN propõe um aumento da participação no Valor Adicionado Bruto (VAB – resultado final da atividade produtiva durante um período determinado) e no emprego da indústria de 7% e 13% (2010), respectivamente, para 18% em 2035, por meio do desenvolvimento da indústria local, da verticalização das cadeias produtivas e do maior beneficiamento da produção potiguar. O maior crescimento do VAB em relação ao emprego representa um aumento na produtividade, que praticamente dobra no espaço de vinte anos.

Outro destaque são as metas para a indústria extrativa, como o aumento da produção de minério de ferro de 500 toneladas (2013) para 5,5 milhões de toneladas/ano, alavancada por investimentos em infraestrutura portuária e ferroviária.

Para dar sustentação ao aumento de produtividade e estimular o desenvolvimento tecnológico o Mais RN propõe o aumento da cobertura do ensino superior e técnico de 22% (2010) para 90% dos jovens com idade entre 20 e 24 anos em 2035, assegurando a formação dos profissionais essenciais ao salto de qualidade da economia potiguar.

“A perseguição e o alcance dessas metas posicionarão o Rio Grande do Norte em outro patamar de desenvolvimento econômico. Isso passa pela mudança de atitude de todos os setores da economia, desde os gestores, políticos, empresários, sociedade, no sentido de consolidar um pacto pelo desenvolvimento”, frisa Sales.

O programa estabelece entre as metas desde a formação de nível superior de 50% dos jovens com idade entre 25 e 29 anos em 2035, alcançada pelo aumento da oferta de matrículas e de crédito, além de avançar em educação de base e ensino profissional. No ensino técnico, altamente demandado pelas atividades produtivas, o incremento proposto é de 45% para 80% na integração entre as modalidades de ensino médio e profissional, por meio da criação de novos cursos modelados de acordo com as exigências de mercado.

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