Apesar de estar conseguindo desobstruir as calçadas de várias vias da cidade, o projeto Via Livre não vem agradando a todos. A lei que proíbe o estacionamento em calçadas da cidade vem causando descontentamento em alguns setores da sociedade.
O comerciante Abrantes Sobrinho, dono de uma loja de colchões na avenida Prudente de Morais, reclama que está perdendo clientes por causa das multas na calçada de sua loja. “Quem é que vai comprar um colchão e leva-lo pra casa nas costas? Ninguém”, reclama.
Já o taxista Radi Eduardo se queixa da falta de locais para estacionar. “Já não podia na rua e agora não pode na calçada. Vamos parar onde?”, questiona, acrescentando que foi multado por parar na calçada enquanto um passageiro descia do carro. “Tentei argumentar com o guarda, mas não teve conversa”, diz.
Porém, Marcio Sá, responsável pela fiscalização do projeto, afirma que o Via Livre tem sido bem recebido pela população. “Há pessoas que têm reações intempestivas com o agente de trânsito, mas a maioria entende e apóia a causa”, diz. Esse é o caso de Radi Eduardo. Apesar da dificuldade de estacionar e da multa a ser paga, ele é a favor do projeto. “O trânsito está melhor e a calçada foi feita para o pedestre”, admite.
