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Promotor público admite pedir indiciamento de Carla

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DEPOIMENTO - Cepollina chega ao Departamento de HomicídiosSão Paulo (AE) – O promotor Luiz Fernando Vaggione disse ontem que vai denunciar Carla Cepollina, de 40 anos, pelo assassinato do coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, no dia 9. “O inquérito policial será concluído em dois ou três dias. Vou estudá-lo completamente, mas há indícios mais do que suficientes para o oferecimento de uma acusação formal”, afirmou.

Carla chegou ao Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa (DHPP) ontem às 14h30, para terminar o interrogatório suspenso na segunda-feira. Em seguida, a polícia pretendia formalizar seu indiciamento, sob acusação de homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Pela primeira vez em mais de duas semanas de investigação, o DHPP não tratou Carla e sua mãe, Liliana Prinzivalli, com a diplomacia que costumava oferecer. O carro da polícia que as conduziu parou na rua, e não na garagem do prédio. Para chegar à porta, tiveram de caminhar entre os jornalistas.

Para Vaggione, uma “avalanche de indícios” comprova que Carla “é a assassina do coronel”. “Só não há mais indícios porque ela ocultou provas.” Ele disse, como exemplo, que a namorada entregou para a perícia uma camisa escura, mas usava uma clara no dia do crime.  O advogado de Carla, Antônio Carlos de Carvalho Pinto, alegou desconhecer qualquer ocultação de provas.

Segundo ele, se existe essa informação, não foi incluída no inquérito policial. Carvalho Pinto disse que a polícia não tem provas para apontar a cliente como autora do crime e que “o DHPP deveria ser mais prudente e cauteloso”. “Pensar que é culpada é uma coisa, mas tem de provar.”

A perícia do departamento já tem em mãos o resultado do exame residuográfico feito nas mãos do coronel Ubiratan: não havia vestígios de pólvora. Isso sinaliza que o coronel não usou arma de fogo. Faltam resultados dos exames de duas toalhas e dois copos de caipirinha recolhidos no apartamento, nove CDs do circuito interno de TV do prédio da Carla, um computador da namorada e as roupas que ela entregou como sendo as usadas no dia do crime.

Na terça-feira, o delegado Armando de Oliveira Costa Filho, titular da Divisão de Homicídios, disse que, independentemente do resultado dos laudos, o caso já estava “100% esclarecido”.

Antes do depoimento da filha, Liliana Prinzivalli colocou sob suspeita a atuação da polícia e criticou o delegado . “Isso é uma coisa que eu vou mandar para outros países, para a ONU.”

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