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Proposta de militares eleva custo em R$ 10 bi

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A proposta entregue pelo Ministério da Defesa de reforma da previdência dos militares inclui uma reestruturação na carreira da categoria, com aumento de benefícios, que representaria um custo extra em torno de R$ 10 bilhões nos primeiros dez anos. Nos anos seguintes, porém, a economia com o endurecimento das regras previdenciárias ultrapassaria as despesas que seriam geradas com aumento de gratificações, bônus e criação de um novo posto na carreira. Os dados mostram que a despesa superaria a receita entre 2021 e 2029, caso a proposta fosse aprovada e colocada em prática no ano que vem. Em 2021, a diferença é de R$ 200 milhões, mas o buraco aumentaria nos anos seguintes até 2029. 
BPC, políticos e militares polarizam debate
Três temas têm se sobressaído nas discussões sobre a reforma da Previdência no Twitter: o BPC (benefício de prestação continuada o auxílio a idosos mais pobres) e as aposentadoria de políticos e militares. A conclusão é de um estudo feito pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o estudo, entre os dias 7 de março e 14 de março, foram identificados quase 137 mil mensagens no Twitter com o tema Previdência, sendo pouco mais de 116 mil com os três temas citados. De acordo com a Dapp, as discussões sobre a reforma previdenciária voltaram a ganhar relevância nas redes sociais após o carnaval – quando, como era de se esperar, perderam importância. E, em relatório, os analistas chamam a atenção para o fato de que a polarização em torno do tema segue muito forte, embora não haja uma presença impactante de robôs interagindo no debate: o estudo apontou uma presença inferior a 2% do total de “retuítes” (mensagens reenviadas).

De acordo com o estudo, até o fim do ano passado, quando o debate sobre a reforma previdenciária ainda se dava em torno do projeto apresentado pela equipe econômica do ex-presidente Michel Temer, as principais discussões eram associadas à “disparidade entre os privilégios e benefícios de categorias do serviço público, em especial o Poder Judiciário – criticado à esquerda e à direita”.

A apresentação de um novo projeto mudou esse polo de discussões para o BPC e a previdência de políticos e militares. No caso do BPC, há mobilizações políticas da oposição para questionar as consequências da reforma a pobres e idosos, associando-a à ausência, até o momento, de um pronunciamento sobre a situação dos militares.

Do outro lado, diz o estudo, perfis da base de apoio ao governo continuam ativos com o argumento de que a reforma é essencial para que o País não quebre.

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