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Proposta do MEC não põe fim à greve

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Brasília (AE) – Mesmo sem consenso do comando de greve, o Ministério da Educação (MEC) decidiu levar adiante a proposta que prevê o investimento de R$ 500 milhões para o aumento salarial dos professores das universidades, faculdades e centros tecnológicos federais, paralisados há 75 dias. O ministro Fernando Haddad afirmou que deverá encaminhar até sexta-feira um projeto de lei ao Congresso que estabelece a aplicação da quantia para o aumento. A medida, afirmou, vai permitir um aumento real (acima de inflação) de 9,45%.

A proposta do MEC prevê aumento de 50% do porcentual de titulação dos professores (mestrado, doutorado e especialização) e criação da categoria de professor associado discriminado em quatro níveis (que dará continuidade e progressão à carreira dos professores).

O anúncio de Haddad, no entanto, não convenceu o presidente do sindicato dos professores (Andes), Paulo Rizzo. Segundo ele, a paralisação continua. “O que o ministro anunciou não avança nem um milímetro nas negociações”, disse.

O comando de greve afirma que 70% da categoria está parada. O movimento atinge 39 das 52 instituições federais. Entre as reivindicações estão o reajuste de 18% do salário-base, paridade da gratificação entre professores da ativa e aposentados e a realização de concursos públicos. A paridade não foi aceita pelo ministério. Como contraproposta, o governo ofertou o aumento na gratificação de estímulo à docência (GED) de 115 pontos. O sindicato reivindica 140.

Ontem, Haddad desmentiu a informação de que poderia haver a demissão dos grevistas. Ele afirmou que cabe aos dirigentes das instituições de ensino decidir se devem ou não cortar o ponto dos grevistas.

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