Curitiba – O Grupo de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer), da Polícia Militar de Santa Catarina, prossegue o trabalho de buscas ao padre paranaense Adelir De Carli, de 41 anos, que está desaparecido desde a noite de anteontem, quando tentava fazer um vôo de 20 horas, sentado em uma cadeira, amarrada a mil balões de festas, cheios de gás hélio. O último contato aconteceu por volta das 21 horas, quando avisou que estava pousando no mar, a cerca de 15 quilômetros a leste das ilhas Tamboretes, há 5 quilômetros da costa da ilha de São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina.
A subida foi rápida e o desaparecimento no meio das nuvens igualmente. A preocupação da equipe de apoio também veio cedo, pois às 14h45 ele já estaria a 5,8 mil metros de altitude, quase o dobro do previsto e, ao contrário do oeste, dirigia-se para o leste, em direção ao oceano. Em contato telefônico com produtores da RPC, o padre disse que estava bem de saúde e com a consciência tranqüila, mas relatou muito frio e desconhecimento sobre o equipamento: “Eu preciso entrar em contato com o pessoal para que eles me ensinem a operar esse GPS aqui, para dar as coordenadas de latitude e longitude que é a única forma de alguém por terra saber onde eu estou. O celular via satélite fica saindo fora da área e, além do mais, a bateria está enfraquecendo.”
Nos contatos feitos com sua equipe ele disse que chegou a se distanciar até cerca de 50 quilômetros da costa de São Francisco do Sul. Por volta das 20 horas, já tinha voado 145 quilômetros desde Paranaguá. O último contato foi com o comandante do Graer, capitão Nelson Henrique Coelho, por volta das 21 horas, quando avisou que estava pousando no mar e deu as coordenadas que apontam para as ilhas Tamburetes.
No site da Pastoral Rodoviária, a qual o padre está ligado desde sua ordenação há cinco anos, ele diz ter criado o evento Voar Social, como forma de atrair os canais de mídia e divulgar a pastoral, que presta assistência espiritual e social aos caminhoneiros. dali, em San Antonio, na Argentina.