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Prostituta e Imperatriz

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Alex Medeiros
Virginie Girod é uma bela e charmosa francesa de 35 anos, nascida em Lyon. Formada em História pela Sorbonne, se tornou uma especialista em história da antiguidade e profunda pesquisadora sobre sexualidade e feminismo ao longo da trajetória humana. É autora de vários livros sobre gente e fatos históricos. Há dois anos, assisti uma entrevista de Virginie no programa La Grande Librairie, do canal TV5 Monde, sobre um novo livro que ela estava lançando.
O título da obra era “Theódora, Prostituta e Imperatriz de Bizâncio”, lançada em março daquele 2018. Com uma comunicação eloquente, como é praxe nos professores, e um domínio na relação com as câmeras (ela também é comentarista de um outro canal), a historiadora falou sobre a biografia de uma garota ambiciosa de Constantinopla que caiu na prostituição, casou com o imperador e reinou ao lado dele alterando o reino e a cultura do mundo.
Segundo as narrativas dos intelectuais convidados pelo apresentador François Busnel, até a chegada do livro de Virginie Girod a imperatriz Theodora era considerada por alguns historiadores uma personalidade romanesca e teatral.
Havia nas narrativas literárias e históricas um perfil de doidivanas, e visões pejorativas talvez forjadas na sua fama de mulher sedutora e fatal. No bate-papo em que se transformou a entrevista, Teodora emergiu bem diferente.
Para a autora, é provável que não se encontre na história da antiguidade um mesmo destino de uma mulher tão bela, prodigiosa e enérgica quanto ela, que viveu no século VI durante o esplendor político e econômico do Império Bizantino, legado da grande civilização romana no Mediterrâneo.
Por maior que tenha sido o domínio machista ao longo dos séculos, Theodora conseguiu dividir o poder do marido (17 anos mais velho), influenciando-o nas decisões ou determinando sozinha novas leis e demissões ou nomeações de chefes militares.
No histórico e famoso Código Justiniano, ela instigou o marido a acrescentar cláusulas em favor das mulheres, capítulos sobre casamento, divórcio, adultério e prostituição, esses dois últimos com conhecimentos de causa. 
No período em que Bizâncio escolhia os papas, alguns contaram com sua escolha e influência. Ela é personagem central do polêmico Concílio de Constantinopla, realizado em 543 DC, quando o conceito da reencarnação foi suprimido das novas versões da Bíblia. 
Um pedido ardoroso feito a Justiniano por causa do passado sexual e das sentenças de morte na vida pregressa da imperatriz. Na ânsia de apagar um passado de orgias, ela mandava assassinar mulheres e homens capazes de testemunho.
Virginie Girod narrou também, com um senso crítico de historiadora exigente, o retrato geopolítico e humano de Bizâncio, como já fizera na biografia de Agripina, a mãe do imperador romano Calígula. 
Na biografia de Theodora, ela buscou também como nos outros livros escritos contextualizar a sexualidade no mundo antigo. Ontem, li em duas editorias de cultura da mídia lisboeta, que o livro de Virginie Girod vai sair em Portugal. Ótimo. 
Processo
Na reta final da batalha, o jogo vai ficando mais radical e num tudo ou nada. O PT entrou com uma ação de 167 páginas acusando Álvaro Dias de utilizar na sua campanha a mesma agência (Base) que faz a propaganda da prefeitura.
Pesquisas
Os números das últimas encostas (como dizem os hispânicos) consolidam uma vitória de Álvaro já no primeiro turno. A duas semanas do pleito, apenas Sergio Leocádio cresce, mas os demais patinam impedindo chance de segundo turno.
Ineditismo
A campanha atual está prestes a resultar num quadro jamais visto nas lutas eleitorais da capital. Além de ser a primeira com mais de dez candidatos, poderá ser também a primeira a eleger um prefeito já no primeiro turno. 
Borracha
Os estagiários das redes sociais do governo Fátima Bezerra aprenderam com alguns blogueiros a prática de apagar comentários negativos nos perfis. As críticas postadas por internautas no Instagram oficial somem rapidamente.
Mentiras
A GloboNews se transformou num clubinho de chatos e histéricos identitários. Tudo na narrativa deles tem um viés vitimista e elegebetista. Assisti-los é como interagir com uma parede, onde não temos respostas, apenas a nulidade.
Jesus
O guaraná maranhense é um genérico de refrigerante limitado à circunvizinhança do país dos Sarney. Tão sem sabor como uma empada de rodoviária ou uma hóstia. A piada de Bolsonaro o catapultou em rede nacional.
Lula
A Veja registra que muitos candidatos do PT optaram por desobedecer a ordem da direção nacional em exibir Lula no horário eleitoral. São muitos casos com prejuízo aos candidatos, como no caso de Isolda em Mossoró.
Halloween
Pra quem vai ficar em casa, filmes de terror na Netflix: Bates Motel, Verônica, Scream, Marianne, Contato Visceral, Animais Noturnos, Eu Vi e Cargo. E clássicos na Oldflix: O Segundo Rosto, Lua Negra, Necronomicon, Expresso do Horror, Les Diaboliques, A Aparição.
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