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Proteção de pilares da ponte forte-redinha sofrerá alteração

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PONTE - Novo projeto de proteção dos pilares ainda está em discussão na Marinha

Com o início da construção da rótula de acesso à ponte Forte/Redinha do lado esquerdo do rio Potengi, esta semana, o governo espera poder inaugurar a obra em novembro ou dezembro deste ano. Além da via de acesso na Redinha – que está sendo executada seguindo um plano alternativo – ainda está pendente a questão das proteções dos pilares da ponte que ficam no leito do rio, uma exigência da Marinha para garantir a navegação pelo Potengi e o acesso ao Porto de Natal.

Sobre os acessos alternativos do lado da Redinha, que acabaram encarecendo o projeto da ponte, o secretário estadual de infra-estrutura, Adalberto Pessoa de Carvalho, garantiu que a rótula (nos moldes da rótula do Machadão) “será aproveitada na obra do viaduto que será construído”, quando a prefeitura de Natal finalizar os processos de desapropriação dos terrenos necessários ao projeto original.

 Adalberto falou também do andamento do projeto de colocação das proteções dos dois pilares centrais da ponte Forte-Redinha. Ele lembrou que a Marinha concedeu em agosto, um prazo de 90 dias para a definição de qual tipo de proteção será utilizada. A sugestão inicial da Marinha era aplicar “dolfins” (tipo de proteção de concreto), mas o governo já avisou que isso não será possível devido aos custos, considerados altos demais.

“Os dolfins são onerosos e não são tão eficazes”, avalia o secretário. “Um exemplo é o que aconteceu com a ponte de Vitória (ES), onde um navio bateu e parte do dolfin cedeu. Lá tiveram que colocar uma proteção com pedras. Pretendemos colocar uma proteção melhor, com borrachas e aço especiais flutuantes para reduzir o impacto caso um navio colida. Esse sistema é mais moderno, mais barato e causa menos dano ao navio. O material será importado dos Estados Unidos”. Além da mudança no projeto, com exclusão dos dolfins, o governo também quer um prazo para instalar os protetores. “Acredito que 12 meses seria o suficiente para a colocação das proteções. Após esse prazo o Governo entregaria tudo pronto”, disse o secretário Adalberto Pessoa.

O novo projeto para a proteção dos pilares centrais ainda está em discussão com a Marinha. Segundo o capitão dos portos do Rio Grande do Norte, comandante José Carlos Batista, a Secretaria de Infra-estrutura tem até o dia 1º de novembro para apresentar esse projeto. “Semana que vem faremos uma reunião para ver como está o andamento do projeto e dar uma orientação se for necessário”, afirmou.

O comandante explicou que o prazo para a colocação das proteções será definido após a entrega do projeto. “Precisamos avaliar com calma. Afirmar um prazo antes da reunião e da apresentação do projeto seria precipitado”, disse. Segundo o comandante Batista, a negociação entre a Marinha e a secretaria tem sido positiva. “A secretaria está dentro do prazo estipulado. Nossa conversa tem sido bem positiva. A capitania dos portos está acompanhando esse processo. Inclusive agora estamos com uma idéia mais moderna e eficiente, tanto do ponto de vista econômico, quanto de segurança para o navio, caso haja colisão”.  

Oito de16 imóveis já  foram indenizados pelo governo

O procurador geral do município (PGM) de Natal, Waldenir Xavier, explicou que o processo de desapropriação dos imóveis próximos ao acesso da Redinha está em fase de tramitação. De acordo com ele 16 imóveis serão desapropriados, dos quais oito já foram indenizados. “O problema é que os proprietários entram na justiça porque não concordam com o valor e o processo fica tramitando. É a questão burocrática mesmo”, afirmou.

Por se tratar de uma obra de interesse público a procuradoria do município está aguardando uma ação judicial para poder desapropriar os imóveis mesmo sem um consenso com os proprietários. “Estamos aguardando isso. Podemos fazer porque se trata de uma obra de interesse público”, disse Waldenir Xavier. Segundo ele, a prefeitura deve desembolsar R$2 milhões com as desapropriações para os acessos. “Até agora gastamos cerca de R$300 mil”. O valor da desapropriação varia de acordo com cada imóvel. O procurador ainda não definiu um prazo final para as desapropriações.

Bate Papo

Adalberto Pessoa

Como será feito os acessos alternativos à ponte, do lado da Redinha?
É uma rótula igual a do Machadão, que vai permitir o carro sair da ponte, seguir pela avenida João Medeiros Filho, para o lado da Redinha Nova. Mas isso será aproveitado no viaduto. Inclusive agora faremos o acesso direto da João Medeiros Filho para a ponte, que é definitivo. Essa rótula dará vazão aos carros da ponte para os próximos 20 anos, com tranqüilidade. A diferença é que projetamos um acesso (viaduto) para Natal daqui a 50 anos. Esperamos que quando a ponte for inaugurada cerca de 25 mil carros passem por essa rótula, todos os dias. Essa obra comporta com certeza.

Quanto vai custar esse plano alternativo?
Terá um adicional de R$130 mil. Esse recurso vem do Governo do Estado e será adicionado aos R$9 milhões 800 mil reservados para os dois acessos (cerca de 42% destinados ao lado do Forte e o resto para o lado da Redinha). Outra coisa importante é que o Governo não vai cancelar o contrato com a construtora EIT para a construção do viaduto. No momento em que as desapropriações forem concluídas, eu emito uma ordem de reinicio de serviço e a empresa começa a obra.

Por que as proteções dos pilares centrais da ponte, exigidas pela Marinha, ainda não foram colocadas?
O primeiro projeto da ponte em 2004 já previa a colocação dessas proteções, mas não especificava quando tinha que colocar. Como nada havia sido feito no início desse ano, a Codern solicitou que colocássemos proteções que suportassem navios maiores, em função do aumento do canal do porto, de 10,5 para 12,5 metros. Essa reforma está incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. Por isso estamos revendo qual o melhor tipo de proteção.

E até a colocação dessas proteções como fica o trânsito dos navios?
Com rebocadores é possível fazer. Por enquanto o porto continua não suportando navios muito grandes.

Quanto vai custar a colocação dessa proteção especial?
Algo em torno de R$15 milhões. Isso contando a proteção para os navios maiores (com capacidade para 35 toneladas). Antes quando faríamos para navios com capacidade até 20 toneladas, custaria menos R$10 milhões. Esses recursos já estão assegurados pelo Governo do Estado.

Com tantos acréscimos, o custo final da obra da ponte está calculado, hoje, em quanto?
Incluindo a construção da ponte, a iluminação especial, os acessos, contando os dois viadutos e a colocação das proteções nos pilares, vai custar R$229 milhões.

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