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Protestos preocupam a Fifa, diz Blatter

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Going (AE) – Os protestos no Brasil durante a Copa das Confederações ainda estão vivos na memória do presidente da Fifa. Ontem, numa entrevista dada à agência alemã DPA na Áustria, Joseph Blatter deixou claro que a situação não só o incomodou como também é motivo de grande preocupação para o Mundial do ano que vem. “Se acontecer de novo, temos que nos questionar se tomamos a decisão errada ao ceder os direitos de receber a Copa”, afirmou.

Blatter se referia aos protestos que levaram centenas de milhares de pessoas às ruas do Brasil em junho. A preocupação do presidente da Fifa se reflete nas conversas entre a entidade e o governo. Já houve reuniões após a Copa das Confederações e deverá haver outra em setembro. “Não foram reuniões políticas, mas enfatizamos o tema da instabilidade”, revelou Blatter.

O dirigente já avisou à presidente Dilma Roussef que não pode haver distúrbios semelhantes durante o Mundial. “A Fifa não pode ser responsabilizada pelas discrepâncias sociais que existem no Brasil”, explicou Blatter. “Não somos nós (a Fifa) que temos que aprender com os protestos, mas, sim, os políticos brasileiros”, completou.

Para o dirigente, as manifestações devem ser tratadas como questões internas. “Estes protestos soam como alarmes para o governo, para o Senado, o Congresso. Eles devem trabalhar nisso para evitar novos protestos”, defendeu.

“No entanto, os protestos, se pacíficos, são parte da democracia e devem ser aceitos [pelo governo]. Estamos certos de que o governo, e principalmente a presidente, vai encontrar as palavras e as ações para prevenir novas manifestações. Eles têm um ano para resolver isso”, disse Blatter. “O Brasil foi a melhor escolha que podíamos fazer. Era a decisão correta e nós a reafirmamos”, declarou ainda o presidente da Fifa, tentando aliviar as críticas.

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