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PSDB retoma ofensiva contra Lula

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BRASÍLIA (Agência O Globo) – O PSDB resolveu retomar a ofensiva contra o governo nos últimos dias depois que detectou a recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisas internas que chegaram ao conhecimento de integrantes da oposição mostram que voltou a crescer a avaliação do governo. Foi nesta estratégia de reação que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso iniciou duros ataques ao governo Lula e ao PT, o que foi seguido imediatamente pelos tucanos.  No núcleo da oposição, a constatação é de que houve uma omissão do PSDB nos meses de dezembro e janeiro, o que permitiu uma reabilitação do presidente Lula. Nos últimos dias, Fernando Henrique voltou a conversar com lideranças da oposição para comandar a ofensiva. Ontem mesmo, ele recebeu em São Paulo o ex-líder do PMDB na Câmara Geddel Vieira Lima (BA), da ala oposicionista do partido. O ex-presidente defende a tese de que o PSDB não deve mais dar trégua ao PT.

“A oposição tem que ser contundente. Não podemos mais ficar numa linha moderada. Vamos ao ataque. Até porque as pesquisas já começam a mostrar uma recuperação de Lula. Temos que desnudar esse governo”, disse Geddel Vieira Lima. A tese do peemedebista é compartilhada pelo PFL. Para o líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE), o PSDB errou ao deixar o PT e o presidente Lula mais livre nos últimos dois meses. Na avaliação do senador pefelista, foi esse relaxamento a causa da retomada da popularidade do governo.

Por isso, a ordem na oposição é voltar à estratégia de sangrar o PT de forma permanente até as eleições. Entre as linhas de ataque da oposição devem reaparecer episódios como a sociedade milionária de Fábio, um dos filhos de Lula, com a Telemar. “O presidente Lula é um candidato perigoso, pois ele transforma elementos sem importância em factóides positivos. O PSDB deixou Lula correr de forma muito frouxa nos últimos meses. Sendo que a oposição não se deu conta que o governo tem naturalmente mais mídia e mais estrutura. Por isso, temos que ficar como escoteiros: sempre alerta”, adverte José Jorge.

No ninho tucano a avaliação é semelhante. Vários parlamentares consideram que houve uma espécie de diminuição do foco. E que por isso mesmo está na hora de conter o crescimento de Lula. O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) chegou a criticar o tom moderado da oposição em relação ao depoimento na CPI dos Bingos do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. “A oposição não pode mais errar. Foi o que ocorreu quando poupamos o Palocci. Temos que seguir a linha do Fernando Henrique, até porque ele sabe mais de política do que nós. Não é mais possível conviver confortavelmente com esse governo que rouba e deixa roubar”, disse Antero, repetindo uma frase de Fernando Henrique.

O líder tucano no Senado, Arhur Virgílio (AM), também aposta na ofensiva: “A oposição tem que ser sempre aguerrida. Não consigo entender uma oposição que não seja decidida. Até porque o governo dá motivo para a oposição agir todos os dias”.  A cúpula palaciana já percebeu a movimentação dos tucanos. Para conter os taques, a estratégia é levar o debate para um campo que os petistas consideram mais favorável ao presidente Lula: o da comparação das administrações do PT e do PSDB. “O PSDB já percebeu que o favoritismo de Lula está reaparecendo nas pesquisas e por isso acordou. A popularidade de Lula explica-se por três fatores: inflação, emprego e salário”, rebateu o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

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