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PUC-PR cria página para falar sobre drogas

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Curitiba (AE) – Para conversar com adolescentes em um dos ambientes que eles mais conhecem – a internet -, a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, por meio do Instituto de Prevenção e Atenção às Drogas (Ipad), coloca uma festa virtual na rede. Uma forma divertida e interativa que ajuda os jovens a decidirem o rumo mais seguro quando estiverem frente a frente com drogas. “A sociedade está devendo isso para a juventude”, diz o psiquiatra e professor da PUC, Dagoberto Requião.

O site www.pucpr.br/festa-virtual é uma adaptação em língua portuguesa do canadense www.virtual-party.org, criado em 1999 pelo Centro de Dependência e Saúde Mental do Canadá, que passou por uma atualização em 2001. Levou três anos para ficar pronto, como resultado da tese de especialização da assistente social Adriane Viana Pucci. A história que vai conduzindo o internauta foi adaptada com a colaboração de 155 estudantes de Curitiba. “Ficou com a cara brasileira”, diz Adriane.

Entre quatro personagens apresentados no site, com descrições físicas, familiares e sociais, o adolescente escolhe o que mais se encaixa em suas próprias características. É quando pode encontrar uma pessoa depressiva, podendo clicar no link e ter informações sobre a depressão. Na hora de se aprontar para a festa, o personagem pode se deparar com a auto-estima em baixa. Com mais um clique recebe orientações sobre a valorização da vida e do corpo.

Na festa, os apelos são muitos. O personagem sempre terá dois caminhos para optar. Cada um demonstrará cientificamente, mas em linguagem acessível e sem tom moralista, os benefícios que terá ou os malefícios a suportar no momento da opção. Na festa virtual, o internauta aprende, entre outras coisas, noções de álcool e direção, bebedeira, sexo, depressão, ressaca e drogas variadas. O site também mostra a dosagem de álcool no sangue a cada copo de bebida e os riscos.

A preocupação com a orientação dos jovens vem de estudos feitos pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) que apontam 11,2% da população brasileira  como dependentes de álcool. Segundo o estudo, aproximadamente 387 mil jovens entre 12 e 17 anos e mais 1,4 milhão com idade entre 18 e 24 anos são doentes alcoólicos. Entre eles, 28,9% dizem ter experimentado álcool pela primeira vez no ambiente familiar, propiciado pelos pais, e 30% relataram já terem tomado um porre.

Tão preocupante quanto os números é a constatação de que nos últimos anos tem aumentado o uso experimental de álcool. E cada vez mais precocemente. Por isso, aliado ao site, serão entregues manuais a escolas para auxiliar professores a perceberem sinais de que o jovem está bebendo.

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