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Puxando o trem da economia

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O agronegócio brasileiro pode ser a exceção positiva na economia em 2015, de acordo com avaliação feita pelo Cepea, ao apontar tendência do setor em crescer 2,8%, salvando o PIB, que subiria apenas 0,4%. Estimativas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, mostram uma de tendência de avanço mais lento da agroindústria (2,0%) e dos insumos (3,2%) comparativamente ao segmento primário, cujo potencial é de crescer 4,0%. Para o coordenador do Cepea e professor da Esalq/USP, Geraldo Barros, essa expansão virá especialmente de “dentro da porteira”. Ou seja, com o ganho de produtividade que tem sido característica do setor nos últimos anos  – ao redor de 5% ao ano.

Embarques   As exportações do agronegócio brasileiro tiveram queda de 3,2% em 2014. Os embarques totalizaram US$ 96,75 bilhões, segundo levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária. As perspectivas são melhores para 2015. A safra de grãos de 2015 deve crescer 5,2% ante 2014, conforme o IBGE. Já as exportações de cinco primeiros estados somaram US$ 65,69 bilhões em 2014. São Paulo liderou o ranking, seguido por Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais     

 Riqueza (I)
    O     Valor Bruto da Produção (VBP), encerra 2014 com R$ 463,9 bilhões, cerca de 2,6% a mais, se comparado a 2013. Desse valor, R$ 291,0 bilhões referem-se às lavouras e R$ 172,9 bi, à pecuária. Nas lavouras, os produtos que apresentaram melhor desempenho foram: mamona (191,9%); pimenta do reino (35,2%); algodão (30,0%); café (17,0%); batata inglesa (15,8%); maçã (12,2%); mandioca (8,0%); e banana (7,3%).
Riqueza (II)
 Os resultados devem-se a uma combinação de preços e, em certos casos, ao aumento de produção. Na pecuária, todos os resultados foram positivos e apontaram crescimento de 10,8% do valor em 2014. Os melhores resultados ocorreram em carne bovina (12,9%), carne de frango (12,0%), ovos (10,4%) e leite (8,0%). A participação do Nordeste caiu para  R$ 43,0 bilhões e o Norte, R$ 18,6 bilhões.

Fertilizantes    A nova unidade de produção de sulfato de amônio da Petrobras contribuirá para a redução da dependência brasileira de importação do produto. Situada na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe, a planta tem capacidade para produzir até 303 mil toneladas/ano, o que equivale a 80% da demanda do Nordeste. O sulfato de amônio contém nitrogênio na composição e também é excelente fonte de enxofre, muito utilizado no cultivo de milho, cana-de-açúcar e algodão.

Atraso na transposição
Nova data para a conclusão das obras da transposição do Rio São Francisco, que já estão seis anos atrasadas. A nova data é o primeiro semestre de 2016, garante o novo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Em junho do próximo ano 100% dos dois canais da transposição estarão concluídos, levando água para regiões do Sertão e do Agreste de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. No momento são 11 mil homens trabalhando e  70% das obras concluídas.

Retorno   O secretário estadual da Agricultura, Haroldo Abuana, confirmou a nomeação do economista e professor da UFRN, Antônio-Alberto Cortez, para voltar a ocupar o cargo de secretário-adjunto da Pesca.  Cortez é um dos maiores especialistas do assunto, com serviços prestados à pesca artesanal e industrial do Estado. Também foi mantida no cargo a diretora do Idiarn, Fabiana Lo Tierzo Gameleira.

Uma pesquisa da Ufersa, de Mossoró, estuda o uso de biomassa para geração de energia, com o uso de sorgo sacarino para a produção de etanol. O experimento está instalado em Upanema e busca fontes mais competitivas de biocombustíveis,     além de soluções para a redução das emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

 Pesquisa-dores  da Embrapa  desenvolveram um plástico filme comestível que pode ser produzido a partir de alimentos como espinafre, mamão, goiaba e tomate. As características do produto (resistência, textura e capacidade de proteção), no entanto, são muito similares às de um papel-filme convencional.

 Projeto da Petrobras Biocombustível aumenta a produtividade da safra de mamona em 30%. Implantados na Bahia e no Ceará, os resultados preliminares do projeto na primeira das quatro safras demonstram a sustentabilidade do cultivo da mamona, mesmo no semiárido, onde a seca é ainda mais intensa. As unidades tiveram um ganho de produtividade acima de 30% quando aplicadas as técnicas adequadas.

Planejamento   Durante dois dias da semana passada,  a Fetarn reuniu diretores da entidade e representantes dos pólos sindicais para definir o Planejamento Anual. Além de uma análise das conquistas do movimento em 2014, as ações para esse ano foram distribuídas em cinco eixos (organização da produção e convivência com o semiárido; politicas públicas, reforma agrária, campanhas salariais e plano operativo).

 Leite    As regiões Centro-Oeste e Sul do país passam, há meses, por uma queda no preço do leite por cota de uma junção de fatores que impactaram a oferta e a demanda do produto e de derivados. Com início ainda em setembro de 2014, a diminuição dos preços pagos ao produtor começa o ano de 2015 com números bem abaixo dos considerados aceitáveis e não são repassados aos consumidores finais. Enquanto os produtores recebem de R$ 0,65 a R$ 0,90 por litro de leite e a indústria comercializa a preços que variam de R$ 1,37 à R$ 1,87 (preços do longa vida), o preço do varejo chega a R$ 2,42.

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