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Quadra chuvosa decepciona no interior, afirma Emparn

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A quadra chuvosa de 2021 foi decepcionante para o interior do Rio Grande do Norte. De acordo com o setor de Meteorologia da Empresa de Pesquisas Agropecuárias (Emparn), a distribuição de chuvas no interior do Estado entre os meses de janeiro e maio foi irregular, salvo exceções em algumas porções do Alto Oeste e do Seridó potiguar. Apesar das chuvas abaixo da média no interior, o Instituto de Gestão das Águas (Igarn) espera que os reservatórios possam receber um aporte hídrico maior até a segunda quinzena de junho. 

Situação na lagoa de Extremoz é confortável: 100% da capacidade
Entre os dias 7 e 9 de maio, por exemplo, o Boletim Pluviométrico da Emparn registrou chuvas de até 65 mm na região Oeste, enquanto no Seridó foram registradas chuvas de até 20 mm. No balanço das chuvas de 2021 feito pelo chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, ele explica que o acumulado de chuvas até o mês de abril de 2021 foi cerca de 30% abaixo da média esperada. 
“Nós esperávamos mais, no começo do ano, em virtude do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico”, disse Bristot. A influência do Oceano Atlântico Sul, no entanto, que apresentou águas mais frias do que o normal, intensificou ventos vindos da região Sudeste, e dificultou a atuação da Zona de Convergência que provocaria as chuvas nesta porção da região Nordeste. 
A tendência de poucas chuvas observada no interior não deve se repetir no litoral, de acordo com os meteorologistas. “Agora, estamos começando o período chuvoso no litoral, e a tendência é que tenhamos chuvas próximas da normalidade. As condições do Atlântico Sul influenciam mais essa faixa litorânea do Nordeste e, com isso, devemos ter mais chuvas principalmente no litoral Sul”, disse Bristot. 
As condições de chuvas devem se estender para as regiões do Agreste e do Mato Grande. “Devemos ter uma regularidade melhor, porque não dependemos do que acontece no Oceano Pacífico para essas chuvas do litoral. Dependemos mais do comportamento do Atlântico Sul, e ele tem sinalizado boas chuvas”, completou. Fenômenos de chuvas extremas, com valores acumulados superiores a 50 mm por dia, podem ocorrer entre os meses de maio e agosto na região. 
As chuvas abaixo do esperado resultaram em uma recarga não tão expressiva dos reservatórios do Rio Grande do Norte. De acordo com o Igarn, que monitora 47 reservatórios com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos, as reservas hídricas do Estado atualmente encontram-se em 49,33% da sua capacidade total. No dia 10 de maio de 2020, as reservas acumuladas correspondiam a 50,61%. 
A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do RN, registrou uma recarga durante o período: em 2020, ela acumulava 1.353.845.818 de metros cúbicos, equivalentes a 57,05% de sua capacidade. Atualmente, a Armando Ribeiro armazena 1.382.289.222 metros cúbicos, 58,25% do total. 
O segundo maior reservatório do RN, a barragem Santa Cruz do Apodi, também registrou  acúmulo positivo. Em 2021, de acordo com o Igarn, a barragem acumulou o maior volume registrado ao longo dos últimos seis anos, correspondente a 39,49% de sua capacidade. 
A barragem de Pau dos Ferros, que até a sexta-feira (7) estava com 27,63% de sua capacidade, recebeu um aporte hídrico considerável ao longo do fim de semana, o que corrobora a tese do Instituto de que ainda é possível que os reservatórios recebam mais água até junho. A cidade teve o maior volume de chuvas registradas de acordo com o boletim da Emparn, com 65 mm acumulados entre os dias 7 e 10. Como resultado, o reservatório nessa segunda-feira (10), estava com 43,6% de sua capacidade preenchida.
“Como desde o final de abril, passaram a ocorrer boas chuvas, principalmente, na região oeste do Estado, esperamos que os mananciais da região possam continuar aumentando seus volumes e tenhamos mais alguns reservatórios chegando a sangrar”, disse o diretor-presidente do Igarn, Auricélio Costa. 
Atualmente, cinco reservatórios monitorados pelo Igarn estão com 100% da sua capacidade preenchida. É o  caso de Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes; Santana, conhecido como Gangorra, localizado em Rafael Fernandes; o açude de Marcelino Vieira; o reservatório de Riacho da Cruz e o açude de Encanto. No mesmo período de 2020, seis açudes estavam cheios no Estado. 
Lagoas
A lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital está com  100% da sua capacidade. A lagoa do Bonfim, responsável pelo abastecimento da adutora Monsenhor Expedito, acumula  49,92% do seu volume total. 

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