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Quarenta anos do Encontro de Casais com Cristo

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Dom Jaime Vieira Rocha
Arcebispo de Natal

Queridos irmãos e irmãs! Neste domingo, dia 15, a nossa Igreja Arquidiocesana celebra os 40 anos da implantação do primeiro ECC – Encontro de Casais com Cristo, um serviço-escola, nascido em 1970, por iniciativa do Pe. Alfonso Pastore, na cidade de São Paulo. Em 1979 casais de Natal tiveram a graça de participar dessa rica experiencia de despertar para a missão, no reconhecimento da ação do Espírito Santo na vida conjugal. O ECC procura, em sua missão, “despertar, formar e enviar casais para atuarem nas diversas pastorais como “sal da terra e luz do mundo”. São 40 anos de experiencia de encontro em mais de 70 paróquias, levando casais a se engajarem e a terem consciência de sua missão na Igreja e na sociedade. Os casais que vivenciam o ECC são exortados a assumirem a missão de se tornarem “igreja doméstica”, isto é, em sua casa deixarem que a presença de Deus seja, não só percebida, mas acreditada e vivida como fonte de alegria e de paz. De fato, sendo Deus amor, é possível acreditar no amor humano e, ainda, valorizá-lo e cuidar dele, a fim de que seja luz para o mundo, levando a todos a ter a coragem de seguir no mesmo amor.

A Igreja contempla a realidade da união conjugal, a partir do Sacramento do Matrimônio, “consciente de que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, a Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura vivê-lo fielmente, a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar. Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e ajudando os outros, a Igreja oferece o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimónio e da família” (JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Familiaris consortio, n. 1). Para a Igreja, a realidade da família se apresenta como reflexo da comunidade divina, Pai e Filho e Espírito Santo, chamada a ser sinal do amor e do vínculo de relações que dão sentido à vida. Ela mesma, a Igreja, reconhece que “a alegria do amor que se vive nas famílias é também o júbilo da Igreja” (FRANCISCO. Exortação Apostólica Pós-sinodal Amoris laetitia, n. 1).

Dentre as grandes e indispensáveis metas pastorais da Igreja está a preocupação pelas famílias. A Igreja não pode cumprir sua missão de evangelizar se não começa pela evangelização da família. Ela é o espaço do amor, da comunhão e da fraternidade. É bem verdade que são muitos os desafios e as sombras que envolvem a família hoje. Mas, a Igreja deve sempre recordar que “o sacramento do matrimónio não é uma convenção social, um rito vazio ou o mero sinal externo dum compromisso. O sacramento é um dom para a santificação e a salvação dos esposos, porque a sua pertença recíproca é a representação real, através do sinal sacramental, da mesma relação de Cristo com a Igreja. Os esposos são, portanto, para a Igreja a lembrança permanente daquilo que aconteceu na cruz; são um para o outro, e para os filhos, testemunhas da salvação, da qual o sacramento os faz participar. O matrimónio é uma vocação, sendo uma resposta à chamada específica para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de se casar e formar uma família deve ser fruto dum discernimento vocacional” (FRANCISCO. Idem, n. 72).

Agradecemos ao Bom Deus pela existência do ECC, por todos os que fizeram a experiência e por tantos que trabalharam nesse serviço, em prol dos casais. Também os padres, nas paróquias, dirigentes espirituais, acompanhadores dessa bela e frutífera ação do Espírito Santo, em prol da evangelização dos casais, das famílias.

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