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Quarto da letra “C” a cair?

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Everaldo Lopes [[email protected]]

Se houver mesmo maldição da letra “C” nas decisões da Copa, o Brasil sai vencedor no confronto contra os colombianos. É que a Colúmbia seria a quarta seleção vítima  brasileira com o nome iniciado pela letra “C”. Pra trás já ficaram Croácia, Camarões e Chile. Tem mais: não há um único campeão mundial de futebol  iniciado pela letra “C”. Por maior que seja o percentual de aproveitamento do Brasil no confronto com a Colômbia, a ponto do portal Chance de Gol atribuir ao time de Felipão um percentual de 56.2% contra 20.9% dos colombianos, não há negar que os pupilos do treinador José Pokerman têm saldo bem melhor.

Enquanto a Colômbia tem quatro vitórias, 11 gols pró e apenas dois contra, saldo de nove gols. A equipe brasileira soma duas vitórias e dois empates, oito gols pró e três contra, saldo de  cinco. Se os brasileiros apostam todas as suas fichas no atacante Neymar, eles confiam exageradamente na revelação James Rodriguez.

O choro é livre 
Antigamente, quando na decisão de um clássico acirrado, tipo Ba-Vi (Bahia x Vitória), Fla x Flu, Cruzeiro x Atlético, Inter x Grêmio, ABC x América, Corinthians x Santos, o mossoroense Poti-Ba (Potiguar x Baraúnas), tantos outros igualmente populares  iguais ao  sempre tumultuado Remo x Paysandu ou Fortaleza x Ceará, os  perdedores ouviam sempre gozações e piadinhas do tipo  “o choro é livre”. Os derrotados têm sempre o desabafo do choro em forma de   crítica, um pouco de  reclamação. O choro, quer após uma silenciosa partida de xadrez, quer no campo de uma luta de atletas do vôlei, basquete, tênis ou futebol e basquete, sempre existiu e existirá. A propósito dos comentários com acentuadas doses de gozação depois da vitória do Brasil diante do Chile, alguns coleguinhas parecem estranhar o excesso de jogadores cabisbaixos procurando esconder as lágrimas que rolavam.

O choro (2)
Extremamente curioso nos dias atuais, é que há mais choro nas vitórias do que nas derrotas expressivas como aconteceu – por exemplo, no jogo Brasil x Chile, Nigéria x Argentina, Equador x França, Bélgica x Rússia, entre outros. Confesso não ter visto nenhum jogador chileno exibir sinais de choro. No máximo, cabisbaixos, tristes, desolados. Ao contrário, os brasileiros não conseguiam ocultar a emoção da sofrida vitória contra os chilenos.  Sempre existiu mais emoções pela vitória do que lamentações nas derrotas. Na Copa da Suécia, os mais idosos hoje devem lembrar de Pelé chorando como uma criança mimada, amparado pelo goleiro Gilmar e Everaldo, precocemente falecido.

O choro (3)
Na primeira Copa vencida pela Inglaterra, em 1966 ao derrotar a Alemanha por 4×2, viu-se o choro incontido de Banks, Bobby Moore e o xará Bobby Charlton, e Hurst, além do treinador  vitorioso,  Alf Hamsey. Em  1970, no México, Brasil 4×1 Itália, choravam  Félix, Carlos Alberto Torres, choravam também Rivelino e Tostão cobrindo o rosto com as mãos, Paulo César “Caju”, normalmente muito feio, pouco ligava para a cena das lágrimas escorrendo pelo rosco, Pelé repetindo a mesma cara de neném chorão de 58 ainda aos 17 anos, na Suécia, e em 70 já com 31. Era uma alegria que não dava pra segurar, após exibição de  um belo futebol.

Ladrão caseiro
Era um integrante da própria Fifa, o argelino Lamine Fofana, de 57 anos, quem comandava a quadrilha que enriquecia com a venda ilegal de ingressos da Copa. Ele foi preso na 3ª feira, de forma surpreendente rodando por Fortaleza, num carro fretado pela Fifa, inclusive gozando de trânsito livre pela cidade. Somente neste Mundial a quadrilha chegava a faturar R$ 2 milhões por jogo nas diversas arenas, já que o grupo contava com 30 pessoas.

A outra guerra
Na madrugada do dia dois para o dia três de julho foi quando o Brasil partiu para uma outra guerra. Foi em 1944 que as forças da FEB entravam na II Guerra Mundial, penetrando em terras da Itália. Eram 25.334 pracinhas brasileiros com a missão de derrotar o inimigo do “eixo’ (Itália, Alemanha e Japão). Do contingente que foi à Guerra, salvaram-se apenas 467 homens, uma meia dúzia de norte-rio-grandenses.     

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