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Quatro cooperativas atuam em Natal

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Desde que surgiram em Natal, na década de 1990, a maior parte dos motoboys se organizaram em cooperativas. Atualmente, são quatro em Natal. Mas a partir do ano passado surgiram aplicativos de delivery e uma nova safra de profissionais está na rua. A reação dos cooperados é semelhante aos dos taxistas com o surgimento do Uber em 2016. Argumentam que os novos motoboys não participam da regulamentação existente, colocando as entregas em risco.

Um efeito sentido pelos antigos é o aumento da competitividade. As cooperativas se sentiram forçadas a reduzir o preço do serviço para se manterem no mercado. “Isso foi ruim para a gente porque temos nossos custos e também tem a questão deles não precisarem se capacitar”, afirma o motofretista Paulo Salvador, presidente de uma outra cooperativa de Natal, com 98 cooperados.

#SAIBAMAIS#O motofretista Evandro Rocha é tranquilo em relação aos novos profissionais e não teme perder espaço. “A confiança é o nosso forte”, relata. “O cliente já nos conhece de anos, sabe que pode nos entregar qualquer coisa que vamos fazer de maneira segura”, disse. Com mais experiência nas ruas, ele também acredita que uma outra vantagem é saber ‘todos os atalhos’.

Os novos profissionais atuam principalmente na entrega de comida. Sobram espaços nos outros segmentos para atuação das cooperativas, principalmente no segmento de entregas particulares. “O cara que trabalha em um aplicativo fica mais restrito ao mercado dele, a gente entrega em qualquer lugar que nos pedirem, até fora do Estado”, disse José Wellington. “Hospitais e farmácias também são clientes que a gente tem com muitos pedidos”.

Aplicativos

Os aplicativos de delivery se popularizaram em Natal a partir do ano passado. A TRIBUNA DO NORTE tentou entrar em contato com associações e grupos desses novos motoboys, mas não conseguiu contato.

DPVAT

Os motofretistas têm direito ao DPVAT, um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito, sem apuração ou culpa, e pode ser requerido por motoristas, passageiros ou pedestres. Os perfis de cobertura são três: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700). O seguro só não é concedido em caso de inadimplência  quanto às taxas de registro e licenciamento do veículo.

No Brasil, entre 2016 e 2017, cerca de 49 mil jovens foram vítimas de acidentes de trânsito nas capitais do País nos últimos dois anos, ou quase metade das indenizações pagas. A média de ocorrências, segundo a Seguradora Líder-DPVAT, é de 67 acidentados por dia na faixa etária entre 18 e 34 anos. Outro dado preocupante destacado pela seguradora é que entre as indenizações pagas para a faixa etária de 18 a 34 anos, mais de 37 mil (76%) foram por algum tipo de sequela permanente e outras 3,5 mil por morte.

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