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Que mundo é este?

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Alcyr Veras
Economista e professor universitário

Não podemos esquecer que estamos nos aproximando do final da segunda década do século XXI e ainda estão vivas, na memória de todos os povos, as marcantes transformações econômicas e sociais, ocorridas no século passado. Não se pode desconhecer que o século vinte foi o século das grandes conquistas científicas e tecnológicas, de profundas mudanças na economia mundial e nas relações político-institucionais, muitas das quais responsáveis pela emancipação de vários países, principalmente nos Continentes mais pobres do planeta.

É claro que ao longo de toda a história mundial, sempre existiram guerras, crises e catástrofes. Porém, dos últimos cincos anos até aos dias de hoje, o mundo vem passando por gravíssimos problemas que, gradativamente, aumentam de dimensão e ameaçam o futuro da humanidade em quase todos os Continentes.

Na América do Norte, furacões varrem os Estados da Flórida, do Texas, e o Caribe. Afetam a vida de 32 milhões de pessoas, deixam grande número de mortos, feridos, e 7 milhões sem moradia, e causam 1 bilhão de dólares em prejuízos. A Europa, sobretudo em cidades como Londres e Paris, vive em permanente estado de tensão e alerta em último grau. Além de não saber o que fazer com grandes levas de imigrantes, sofre impiedosos ataques terroristas, com centenas de vítimas fatais. As autoridades minimizam, mas o Estado Islâmico continua atuando e espalhando o terror.

O México segue contabilizando vítimas e prejuízos em consequência do recente terremoto da semana passada. No Brasil, em escala progressiva a corrupção contínua envolvendo autoridades, políticos e agentes públicos, além do aumento da criminalidade, da violência doméstica, e a falta de segurança pública, principalmente pela ausência de ação eficaz do Governo central.

A sangrenta e interminável guerra da Síria, que se arrasta desde 2009, deixando milhares de mortos e mutilados,  transformando em pó cidades e monumentos históricos. O que fazer  –  diz a ONU  –  com a bizarra Coréia do Norte, sob o comando do excêntrico tirano psicopata Kim Joon Huun, com suas ameaças à já enfraquecida paz mundial.

As devastadoras agressões ao meio ambiente, aumentando o efeito estufa, pelo incontrolável uso de combustíveis fósseis, queimadas e desmatamentos. O ultrajante estado em que se encontra a Venezuela, submetida ao caos econômico e à mediocridade de um truculento ditador-fantoche, que desrespeita a democracia e os direitos humanos. Há registros de que o consumo e o tráfico de drogas vêm crescendo em todo o mundo, e que as fronteiras de contenção entre os países estão agora mais vulneráveis.

O planeta clama por socorro e por solidariedade!  Onde estão as grandes lideranças mundiais de hoje, a exemplo dos líderes de ontem, como Winston Churchill, Franklin Roosevelt, Luther King e Nelson Mandela que, mesmo enfrentando guerras e perseguições, contribuíram para pacificar o mundo com a valiosa ajuda de ícones espirituais e religiosos, como Mahatma Gandhi e o Papa João XXIII ?

Com esses comentários, não quero, absolutamente, transparecer nenhum sentimento pessimista ou alarmista. Mas, na qualidade de cidadãos, precisamos ter a consciência de que a prosperidade econômica, o bem-estar social e a paz mundial só dependem de nós mesmos.

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