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Quebra-quebra no Fluminense

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BADERNA - Torcedores tricolores invadiram as LaranjeirasGazeta Press  Rio de Janeiro (RJ) – Um dia depois de a diretoria do Fluminense demitir o técnico Oswaldo de Oliveira, por causa da derrota de 3 a 0 para a Ponte Preta, a sede das Laranjeiras viveu momentos de muita tensão. Na manhã de ontem, por volta das 9h40min, cerca de 30 torcedores entraram no clube, invadiram o corredor de acesso ao gramado, pularam o alambrado e jogaram morteiros e bombas em direção ao gramado. Um artefato acabou atingindo o presidente do Fluminense, Roberto Horcades.

O grupo queria entrar no vestiário, mas acabou contido por policiais militares, que revistaram os torcedores antes de expulsá-los do clube. Portando a faixa “Xerém revela, Laranjeiras vende”, os torcedores gritaram palavras de ordem contra a diretoria, como “Dirigentes sanguessugas” e “Fora Unimed”, além de pedirem a saída do clube do zagueiro Gabriel Santos, do lateral-direito Rogério, dos meias Pedrinho e Petkovic e dos atacantes Claudio Pitbull e Tuta.

O volante Marcão, um dos poucos poupados, chegou a conversar com os torcedores, mas depois disso não quis gravar entrevistas. “Acho que não é por aí. O torcedor tem todo o direito de protestar, mas não com violência. Eles atiraram dois morteiros, um resvalou no pé, pois ia atingir o departamento de futebol. Estamos trabalhando pelo melhor do clube, mas nem sempre os resultados acontecem. É preciso ter calma e esse tipo de comportamento não leva a nenhum tipo de melhoria real”, analisou Roberto Horcades.

Um dos alvos dos torcedores, Claudio Pitbull lamentou o ocorrido. “Todos nós sabemos que o Fluminense não está na posição que merece na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro e respeitamos os protestos da torcida. Mas estamos trabalhando para mudar esta situação e também merecemos ser respeitados como profissionais”, disse Pitbull.  

Após o treino, que para os titulares se limitou a uma corrida ao redor do gramado, Petkovic concedeu uma entrevista coletiva e disse que aceita normalmente a condição de reserva se essa for a determinação da comissão técnica. Oswaldo saiu das Laranjeiras dizendo que foi demitido porque não podia barrar os medalhões.

“Não cabe a mim decidir nada. Sou um contratado do Fluminense e se vou jogar ou não cabe à comissão técnica. Estou no Fluminense porque tenho qualidade e estou disposto a assumir a responsabilidade de estar neste clube. Mas não sou eu quem decide quem vai jogar ou não”, afirmou Petkovic.

O sérvio também desmentiu que tenha tido problemas de relacionamento com seus companheiros de clube, que tenha feito corpo mole ou que venha pleiteando um aumento salarial junto aos dirigentes. “Sou muito bem remunerado e jamais pedi para ganhar um aumento. Estou muito feliz no Fluminense e jamais aceitaria fazer ou ver qualquer tipo de corpo mole no clube. Além disso, o relacionamento entre os jogadores do Fluminense é o melhor possível e nunca existiu esses problemas de vestiário que foram ditos”, afirmou Petkovic, que evitou comentar a manifestação da torcida.

Outro que conversou com os jornalistas foi o técnico Josué Teixeira, que saiu em defesa dos jogadores que foram criticados pelos torcedores, dando a entender que nenhuma peça será barrada na partida do próximo domingo, às 16h(de Brasília), contra o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“O Rogério não está tão mal assim. O Tuta tem seis gols, três a menos que o artilheiro, que tem nove. O Pet está passando por um momento mais complicado, perdeu pênalti, mas continuo achando que tem muita qualidade e muito a dar ao Fluminense”, opinou Josué. 

Hoje o elenco do Fluminense vai trabalhar em tempo integral e amanhã à tarde acontecerá o coletivo que vai definir a formação que vai a campo diante do Cruzeiro. Com 25 pontos conquistados e na sexta colocação na tabela, os tricolores precisam vencer de qualquer maneira o campeão mineiro para conseguirem entrar na zona de classificação para a Copa Libertadores do próximo ano.

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