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Ranking mundial de competitividade

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Alcyr Veras
Economista e professor universitário           

Historicamente, o Brasil sempre foi considerado como a economia mais influente do Continente Sul-americano, e uma das maiores de toda a América Latina. Porém, nos últimos dez anos, começou a desenhar uma preocupante trajetória de queda que o fez perder gradativamente essa liderança. Em relação à economia mundial, o Brasil vinha perdendo velocidade, desacelerando, se distanciando dos países emergentes, e desaparecendo no chamado “ponto cego”— aquela faixa em que o retrovisor do veículo não consegue mais captar a imagem.

Há cerca de quinze dias, uma notícia trouxe um pequeno alívio e um fio de esperança, segundo a qual o Brasil subiu um degrau, em relação a 2018, no ranking de Competitividade do Fórum Econômico Mundial, mais conhecido como Global Competitiveness Index. Publicado anualmente pela Suíça, o mencionado ranking tem sido uma importante ferramenta de análise da capacidade de um país, em proporcionar as condições necessárias para que as empresas possam competir eficientemente e crescerem. Num total de 141 países avaliados, Singapura foi considerado o país mais competitivo do mundo, ficando à frente dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e China.

Embora o Brasil tenha evoluído apenas uma posição, subindo de 72ª para a 71ª colocação em 2019, no entanto, apresenta tendência de superação e crescimento em alguns quesitos considerados estratégicos. Melhoramos um pouquinho em infraestrutura, ambientes de negócios e mercado de trabalho. Mas em inovação tecnológica, permanecemos na mesma posição. Porém, caímos quanto à qualificação profissional e mercados de produtos.

Lamentamos que tenhamos ficado atrás de países como o México, Uruguai, Chile, Colômbia e Peru. Mas, por outro lado, ficamos contentes por estarmos à frente do Egito, Líbano, Paraguai, e, sobretudo, da nossa arquirrival no futebol, a Argentina (mera brincadeira com “nossos caros hermanos”).

A Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia reconhece que a baixa produtividade brasileira representa apenas 25% da norte-americana; que estamos ainda distantes dos países que fazem parte da OCDE; e que o Brasil precisa ingressar na chamada Quarta Revolução Industrial.

Outro ponto que o Brasil precisa estar permanentemente atento, diz respeito ao comportamento dos mercados financeiros externos. Devido a globalização da economia, quaisquer alterações no Câmbio e na Bolsa de Valores, repercutem, ao mesmo tempo, em todo o mundo. Na terça-feira da semana passada, acendeu o sinal vermelho no mercado brasileiro com a repentina supervalorização do dólar, chegando naquele dia a 4,28 reais, motivado por inesperados reajustes dos fundos de títulos internacionais administrados pelo Banco Morgan Stanley, o que provocou grande aumento da venda de Ações e a fuga de capitais para outros mercados. Essa rápida majoração especulatória do dólar prejudicou os importadores brasileiros (mas, foi bom para os nossos exportadores). Imediatamente, o Banco Central do Brasil reagiu anunciando a oferta de dois leilões (extras) de dólares, na tentativa de estabilizar o mercado. O jeito foi aplicar o velho jargão para “acalmar o mercado”.

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