O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) calcula que o aumento de R$ 50,00 ao salário mínimo repercute em um incremento de aproximadamente R$ 600 milhões (R$ 595,9) até dezembro deste ano na economia do Rio Grande do Norte. A projeção leva em consideração, para efeito de cálculo, os norte-rio-grandenses que trabalham por conta própria (autônomos) e os empregadores.
A explicação dos técnicos é que, na prática, a renda dessas pessoas tem sempre como referencial o salário mínimo. Por isso não podem ser excluídos do cálculo. “O setor informal tem o seu piso regulado pelo salário mínimo”, disse o supervisor técnico do Dieese-RN, Melquisedec Moreira. O salário mínimo de R$ 350,00 entra em vigor no dia 1º de abril, correspondendo a um reajuste de 16,57%, em relação ao piso em vigor (R$ 300,00).
Para o Dieese, um aumento real de 12,07%, quando descontado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com base na inflação estimada pelo IBGE para março (4,1%). Em 2004, no Rio Grande do Norte, 570,6 mil trabalhadores ocupados ganhavam até um salário mínimo, segundo os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), o que corresponde a 54,4% dos 1.048.568 milhões de ocupados com algum tipo de rendimento.
