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Reajuste fica acima do anunciado

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O reajuste autorizado ontem para as distribuidoras de combustíveis não demorou para chegar às bombas dos postos de revenda na capital potiguar. No caso da gasolina, o consumidor já está pagando por um reajuste duas vezes maior àquele previsto pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis). Os preços foram modificados na manhã de ontem. Em alguns postos, a gasolina custa R$ 3,00 e o diesel R$ 2,46.

O preço para o consumidor foi elevado mesmo com o estoque de combustível cheio nos postos. Ou seja, a gasolina vendida ao natalense foi comprada pelos empresários sem reajuste. Na última sexta-feira, o Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos/RN) afirmou que o aumento seria repassado pelos postos, na medida em que for repassado pelas distribuidoras. Não foi o que aconteceu.

O sindicato informou desconhecer se havia estoques nos postos capazes de evitar um aumento já nos próximos dias. A TRIBUNA DO NORTE foi em alguns postos e os gerentes dos locais informaram que os reservatórios estavam cheios. O Sindipostos/RN disse esperar uma queda no consumo de combustíveis em função da alta. Se depender do vendedor Gilvan Firmino, a expectativa será confirmada. “Tenho dois carros em casa, mas vou vender um deles. Com esse valor é preciso economizar. Não posso gastar tanto com gasolina”, disse.
Postos em Natal amanheceram ontem com preço antigo
A Fecombustíveis fez previsão de que o aumento da gasolina seria de no máximo 2% para a gasolina e 5% no caso do óleo diesel. Em Natal, esse aumento foi o dobro. A gasolina era comercializada a R$ 2,89. Com o novo preço, o aumento foi de 4%. Já o litro de óleo diesel era comercializado, em média, a R$ 2,28. O novo valor foi composto com um aumento superior a 7%. Os preços do etanol e gás veicular não sofreram aumento.

Os consumidores temem que o reajuste nos combustíveis acarrete o aumento em outros produtos. “Acredito que, a partir de agora, tudo vai subir de preço. Sempre acontece. O preço da gasolina já estava alto demais”, disse a dentista Priscila Pascelly. No momento em que Priscila abastecia o carro, o gerente do posto localizado na avenida Prudente de Morais autorizava a mudança nos valores cobrados nas bombas.

A alteração na precificação dos combustíveis foi decidida na última sexta-feira durante a reunião do conselho de administração da Petrobras e tem como objetivo assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 em até 24 meses, segundo divulgou a estatal.
Mas logo começaram a reajustar o valor da gasolina e diesel
A Petrobras não divulgou os parâmetros da metodologia de precificação, “por razões comerciais e por cumprimento a uma recomendação do Conselho de Administração”. A estatal esclareceu, no entanto, que os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.

A estatal também explicou que caberá ao próprio Conselho de Administração avaliar a eficácia da política de preços por meio da evolução dos indicadores de endividamento e alavancagem da Companhia e que o reajuste tem como objetivo equiparar o preço dos combustíveis no Brasil ao preço dos combustíveis praticado no exterior.

Esse é o segundo reajuste aprovado no ano. O último foi em janeiro deste ano, quando o preço da gasolina subiu, em média, 6,6%. O preço já havia sido reajustado em junho de 2012, quando o litro da gasolina subiu 7,83% e o do diesel, 3,94%.

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