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Reaver o prestígio, a nova meta do Alecrim

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HISTÓRIA - Em 82, com um bom elenco o Verdão ganhou a Taça Cidade do Natal

Everaldo Lopes – Repórter e Pesquisador

A discordância  de velhos alecrinenses, de que o Alecrim FC foi fundado em 1917 e não dois anos antes,  – apenas para se juntar ao grupo de associações fundadas em 1915, como Sport Club de Natal, Centro Náutico Potengi e a dupla América/ABC, mesmo assim não tira o brilho do nonagésimo segundo aniversário de fundação do Verdão potiguar. É que, uma grande parcela de alecrinenses saudosistas e a velha guarde verde batem firme na afirmativa de que o clube surgiu, de fato e de direito, dia 15 de agosto de 1915, mesmo que tenha cuidado da regularização um ou dois anos depois. E, sendo assim, neste dia 15 de agosto de 2007 o clube estaria completando  efetivamente 92 anos de existência.

Os dois nomes mais fortes na discordância do ano de fundação do clube esmeraldino foram o médico Severino Lopes (falecido em 2002) e o desembargador  aposentado Gil Soares de Araújo, falecido em 2004 aos 97 anos, já morando no Rio de Janeiro. Enquanto vivo, o historiador e humanista assuense, Gil defendia ardorosamente o ano de 1917 como ano da fundação, inclusive afirmando ter como provar, enquanto Severino Lopes defendia a tese dos que adotavam a fundação como tendo sido em 1916. Falecidos os dois nomes discordantes, a atual administração vai continuar considerando a data de hoje como oficial do surgimento oficial do Alecrim FC.

Considerado desde seu surgimento como “um clube de subúrbio”, numa  desnecessária e descabida discriminação já no longínquo começo do século 20, o Alecrim FC teria perdido de ver a homologação dos títulos de campeão de futebol metropolitano de 1924/25.

Segundo o historiador Gil Soares, os dirigentes da Liga Norte-rio-grandense de Desportos Terrestres teriam optado por sua dissolução temporária somente para não ter o “desprazer” de homologar aquele título, que fora conquistado no campo de jogo pelos moradores do bairro do Alecrim, local da sede do clube. Essa afirmativa está em mais de um trabalho publicado por Gil Soares. Para a Liga, o Alecrim era um time de subúrbio, uma espécie de segunda divisão.

Briguinhas à parte, o importante é que o Alecrim FC sobreviveu, mesmo que tivesse um período afastado do futebol, de 1932 a 1936, retornando em 1937, derrubando a afirmativa de alguns alecrinenses, de que o clube  jamais havia deixado de disputar um campeonato.

Nos seus 90 ou 92 anos de existência, o Alecrim tem dois bicampeonatos já na era do profissionalismo, ou seja, o bi de 63/64 tendo como treinadores “Geléia” e Pedrinho Teixeira, e 85/86 o treinador Ferdinando Teixeira. No meio, o campeonato de 68, de maneira invicta, numa disputa curtíssima, pouco mais de dois meses, ainda outra vez com Pedrinho Teixeira como seu treinador.  O Verdão está afastado de um título estadual desde 1986 (21 anos), além de ter alienado um fantástico patrimônio físico na divisa entre Parnamirim e Macaíba, adquirido com o lucro de alguns bingos. 

O imóvel foi negociado para pagar dívidas trabalhistas, e um outro na zona norte, perdido por puro relaxamento. Hoje, não dispõe sequer de uma sede social ou administrativa.  Se o futebol passou por sérias aperturas até dois anos atrás, com a eleição de Edvaldo Gomes, o clube está bem mais organizado e pronto para tentar brilhar em 2008.

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