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Rebeldes derrubam dois caças

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Kiev (AE) – Os separatistas pró-Rússia assumiram ontem o ataque que derrubou dois caças das forças armadas da Ucrânia, mas o governo de Kiev disse que continua acreditando que as aeronaves foram atingidas por mísseis antiaéreos disparados do território russo. Os aviões foram derrubados em local dominado pelos rebeldes, próximo a fronteira com a Rússia e a região onde caiu o avião da Malaysia Airlines na última semana.

Uma mensagem assumindo a autoria do ataque foi publicada no perfil atribuído ao líder separatista Igor Strelkov em uma rede social. Segundo as informações, os caçar teriam sido atingidos por mísseis terra-ar MANPAD. Um vídeo publicado no mesmo site mostra o resto do que seriam os aviões militares. As duas aeronaves estavam voando a uma altitude de cerca de 17 000 pés quando foram atingidas por fogo antiaéreo. As armas detidas pelos rebeldes separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, afirmam as autoridades militares, não podem atingir alvos a essa altura.

#SAIBAMAIS#O porta-voz das Forças Armadas da Ucrânia, coronel Andriy Lysenko, afirmou acreditar que o sistema de alta potência antiaérea supostamente usado pelos separatistas para derrubar o avião da Malaysia Airlines teria sido transportado de volta para a Rússia. Os separatistas não teriam, portanto, armas para derrubar os caças. “De acordo com informações preliminares, os aviões foram derrubados a partir do exterior”, disse o coronel. A informação não foi confirmada por fontes independentes.

O porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, disse ontem  que armas continuam sendo transportadas entre a fronteira da Rússia com a Ucrânia e que o governo russo não demonstra estar interessado em investigar as causas da queda do voo MH17.

Preocupados com a intensificação da crise na Ucrância Estados Unidos e Europa estudam ampliar as sanções à Rússia, acusada pelo presidente Barack Obama de fornecer material bélico aos rebeldes. EUA e aliados europeus discutiam ontem medidas para ampliar as sanções econômicas a Moscou, mas havia divergências sobre o alcance das medidas. Os europeus enfrentam problemas políticos e também de interesses econômicos. Sanções exigem consenso e está difícil fechar um acordo.

A Alemanha e a Itália, por exemplo, têm laços muito próximos com a Rússia: Roma, com sua economia fragilizada, é muito dependente da energia russa; Berlim tem 6 mil empresas que negociam com os russos – e muitos de seus empresários são abertamente contra sanções. A França, por sua vez, vem resistindo à pressão contra a venda de dois porta-helicópteros Mistral à Rússia.

Número
17 mil pés era a altura em que se encontravam os jatos militares quando foram atingidos por mísseis terra-ar.

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