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Receita bate recorde de arrecadação

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Brasília – A Receita Federal continua arrecadando como nunca. Apesar  das desonerações tributárias promovidas pelo governo nos últimos quatro anos,  a arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu a marca recorde de  R$ 282,43 bilhões no primeiro semestre do ano. Em comparação com os primeiros  seis meses do ano passado, o aumento foi de R$ 33,5 bilhões, volume que representa  quase toda a previsão de arrecadação da CPMF em 2007, de R$ 36 bilhões.

Em termos reais (descontada a inflação medida pelo IPCA) o aumento foi de 10,02%,  ritmo bem maior do que a expansão de 4,7% estimada para o Produto Interno Bruto  (PIB). Em todos os meses do primeiro semestre a arrecadação federal bateu recorde  para o mês. Em junho, R$ 49,07 bilhões entraram para os cofres do governo federal,  cifra 6,22% acima, em valores reais, do que foi arrecadado em junho de 2006.  Nos seis primeiros meses de 2007, o governo já superou em R$ 5 bilhões a previsão  de arrecadação estimada no início do ano, quando foi editada a primeira programação  de execução do Orçamento da União.

Mesmo com o crescimento expressivo das receitas,  o coordenador de Previsão e Análise da Receita, Eloi de Carvalho, disse que  não é possível abrir mão da CPMF, como propõem setores empresariais que vêem  nesse tributo uma aberração econômica. Isso porque, segundo ele, não se pode  contar com o mesmo ritmo de crescimento das receitas no segundo semestre.  “Não dá para garantir que esse desempenho vá se repetir no segundo semestre”,  disse. Segundo o coordenador, o aumento da arrecadação reflete o maior crescimento  da economia, mas também está atrelado a fatores pontuais, como o crescimento  de depósitos judiciais e a venda de imóveis e ativos de empresas, que geraram  ganho na arrecadação do Imposto de Renda (IR).

No caso dos depósitos judiciais,  a receita cresceu de R$ 2,910 bilhões, no primeiro semestre de 2006, para R$  4,866 bilhões nos seis primeiros meses deste ano.  A maior lucratividade das empresas em 2006 também teve reflexos na arrecadação  de 2007, explicou Carvalho. Isso porque as empresas têm que fazer o ajuste anual  e pagar o imposto devido no ano seguinte. Em relação ao primeiro semestre do  ano passado, a arrecadação do IR de pessoa jurídica cresceu 13,98% e a Contribuição  Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), 12,75%.  Carvalho destacou que o bom desempenho da indústria, sobretudo de setores como  o automotivo, metalúrgico e de produtos químicos, também teve efeito positivo  sobre a arrecadação.

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