Desoneração poderá gerar mais empregos, diz Marcos Cintra
Segundo o economista, o estudo não envolve apenas reduzir a alíquota do Sistema S, mas envolve contribuição patronal ao INSS e “tudo aquilo que onere a folha de salários”. “Não existe política mais regressiva, que cause mais desemprego do que você tributar o salário. E que acaba resultando em 13 milhões de desempregados, fora a economia informal”, declarou. Na segunda-feira, 17, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que era preciso “meter a faca” no Sistema S, que inclui entidades como Sesc, Sesi e Senac. A proposta envolve cortar até 50% dos repasses.
De acordo com Cintra, o setor privado “pode capacitar muito bem determinados segmentos da força de trabalho brasileiro”. “Acredito até que se nós tivermos mais competitividade, o mercado livre podendo atuar, o uso de vouchers, por exemplo, dando ao assalariado a possibilidade de ele buscar onde ele deseja buscar sua capacitação.”
Ele disse que até “meados de janeiro” o estudo deve estar concluído e a equipe terá uma definição sobre que linha adotar e qual porcentual “dos ônus que incidem sobre a folha” será reduzido. “Isso, nós esperamos, vai gerar um impacto de emprego muito positivo.”
De acordo com o economista, a reforma tributária será um processo longo, porque a legislação tributária brasileira é “extremamente inflexível” e muitas mudanças precisam ser feitas. “A reforma tributária é um processo longo, que vai envolver uma série de medidas infraconstitucionais, constitucionais, medidas pontuais e outras”, disse.