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Reconstrução de casas fica para 2015

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Daísa Alves
repórter

“A minha (casa) está no meio desse monte. Não sobrou nada, só a lembrança”. A declaração é de Maria dos Santos, 54, dona de casa, ao tentar indicar onde deveria estar a construção de sua antiga moradia. Desde o dia 15 de junho ela não percorria a Rua Guanabara, em Mãe Luíza. Ficou com “trauma”. Assim traduz a experiência de sair às pressas de casa, por volta das 18h, para salvar “pelos menos a pele”. Sem documentos, nem roupas, nem móveis, ela e sua família – esposo, dois filhos e uma neta -, esperam por notícias dos projetos residenciais. Apenas uma certeza ela tem: “Não volto a morar aqui, nunca mais”.
Maria dos Santos: “Não volto a morar aqui, nunca mais”
Para esta Maria, e tantas outras da área afetada em Mãe Luíza, uma novidade sem data. A reforma e novas construções de casas afetadas pelo desastre em Mãe Luíza deve ficar para 2015.  No caso das reformas, contemplando 69 casas, tem de esperar a conclusão das obras definitivas na área de encosta afetada para ser iniciada. Estas obras tem estimativa de seis meses para execução, mas não tem data para início. Já as novas 40 casas tem o recurso garantido, e podem ser construídas independente da área afetada – pois serão relocadas da Rua Guanabara. Contudo, ainda existem “etapas” a serem cumpridas, e não tem data para início.

#SAIBAMAIS#A única data certa é para o anúncio de garantia, ou não, dos recursos destinados à recuperação definitiva da área. No dia 10 de agosto o Ministério das Cidades se comprometeu a dar resposta após análise dos projetos apresentados esta semana, em Brasília. Estiveram em viagem o prefeito Carlos Eduardo, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, os secretários municipais de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Tomaz Neto,  Habitação e Projetos Estruturantes, Homero Grec, de Planejamento, Virgína Ferreira e o chefe de gabinete municipal, Kleber Fernandes.

Na coletiva de imprensa da tarde de ontem, os secretários Tomaz Neto e Homero Grec expuseram o saldo das negociações com o governo federal. Em Brasília, foram apresentados projetos, com pedido de recurso, para quatro destinações: obras emergenciais, reestruturação definitiva, reforma de casas, e novas construções. Certeza de custeio federal, até o momento, é para as obras emergenciais e para as casas que serão reconstruídas.

Somente  o previsto de gasto, da Semopi, para as ações imediatas era de R$ 4.255 milhões. No entanto, o Ministério da Integração liberou R$ 3.340 milhões. Quem hoje executa as obras é a construtora Ramalho Moreira. Tomaz Neto estima que já foram gastos R$ 2 milhões. Mas, falta ainda a pavimentação da Rua Guanabara, e complemento de reforço na encosta.

Para os projetos com obras definitivas a Prefeitura solicitou um recurso de R$ 8.297.919,81 milhões. O projeto, elaborado pelo Instituto Nacional de Engenharia., compreende a drenagem, pavimentação, urbanização, substituição de rede de água, escadaria de acesso entre as ruas Atalaia e Guanabara, e o muro de contenção (cortina atirantada) para a encosta. De antemão, Tomaz Neto afirma que o Ministério das Cidades sinalizou positivamente a aprovação do recurso. Falta a análise detalhada dos projetos e enquadramento em algum dos programas do Ministério. Após o anúncio de garantia de recurso, será dado início ao processo de contratação por convite às empresas e análise de menor preço. A obra tem previsão de duração de seis meses.

Um dos projetos com recursos não aprovados pelo governo federal foram o de esgotamento sanitário, com custo de R$ 255.210,42 mil. Segundo Tomaz Neto, os representantes do Ministério afirmaram que já havia um contrato com a Caern de R$ 550 milhões, onde esta obra poderia ser incluída.

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