Valério Fonseca, Diretor de cinema e ator
“Estou morando em Natal, preparando meu próximo filme, um longa metragem chamado ‘O Alecrim e o Sonho’. A história se passa no Alecrim e por isso tenho ido muito lá, explorado um Alecrim mais escondido, até bucólico, com vielas, casas ainda preservadas pelo centro e praças centenárias, quando você se aproxima do Rio Potengi e da divisa com Barro Vermelho”, diz o cineasta, que além do Alecrim, tem ido bastante à praia. “Uma das personagens do filme mora na Praia de Miami, onde hoje vou muito, corro na areia e mergulho no mar. Minhas baladas são diurnas, água de coco, bicicleta, sol e mar”.
Fonseca é um apreciador da bicicleta como meio de transporte, desde que vendeu seu carro, há 14 anos. “Ando muito de bicicleta, já fui de Tirol, onde moro, até Pirangi algumas vezes. O natalense é respeitoso no trânsito, sem ironia, parece Alemanha. O problema na cidade são as ladeiras e as poucas ciclovias. Vou muito ao Parque das Dunas, sempre gostei da energia daquele lugar e a estrutura do parque é muito boa sempre com incrível programação. Prefiro estar perto da natureza”. E falando em natureza, uma descoberta do cineasta foi a Gamboa de Jaguaribe. “É uma área de preservação ambiental no meio da cidade. Adorei ter ido lá”.
Na parte gastronômico, sua predileção é por comida simples. “Temos ido muito aos cafés da cidade, onde fazemos reuniões de trabalho. O café São Bras, de Tirol, vou bastante, assim como a Doce Portugal, para tomar sopa de peixe, na Jundiaí. Outra coisa que gosto é de comer tapioca na vovó, no mercadinho da Rua Trairi. E semana passada almocei em Pium, num restaurante de um paranaense perto da feirinha de Pium”.
Em suas andanças, Fonseca repara também no que não existe mais, ou que está em estado precário. “Sinto muito pelo Teatro Alberto Maranhão e pelo teatro Sandoval Vanderley. Dois importantes teatro fechados. Um teatro estilo neoclássico italiano e o outro um teatro de Arena, ambos públicos. Atuei e dirigi peças nos dois espaços. Um pecado estarem fechados, correndo o risco de ruírem. O hotel Reis Magos, lugar lindo de outrora, parece cenário de filme de terror hoje”.