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Reforma de estação está ameaçada

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Impasse entre CBTU e Prefeitura atrasa as obras de restauração da estação  Impasse entre a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a prefeitura municipal de Ceará-Mirim atrasa o processo de restauração e revitalização da centenária estação ferroviária do município.

Construída há 150 anos, a velha estação funcionava como uma espécie de “grande ponto da cidade”, onde eram constantes os carregamentos para abastecimento e o freqüente embarque e desembarque de passageiros. “A estação de hoje não se parece em nada com aquela de antigamente. Além de abandonada, foi substituída por uma plataforma sem graça” reclamou Joaquina Nascimento Souza, 63 anos. Hoje, o prédio está desativado e precisando de reforma em toda sua parte estrutural: paredes, portas e telhas que estão totalmente depredados. Apenas uma pequena sala da estação está sendo utilizada como suporte operacional da CBTU, que é responsável pelo transporte férreo do trecho Natal/Ceará-Mirim.

Segundo Júlio César Soares Câmara, assessor jurídico da prefeitura de Ceará-Mirim, o município comprou o prédio da Rede Ferroviária Federal SA (REFESA) em 2000 e deu início no ano passado aos estudos para revitalização urbana da área da cidade que inclui a estação. A prefeitura conseguiu recursos, em Brasília, para a realização das obras previstas para serem concluídas antes de junho deste ano, mês da comemoração dos 50 anos de fundação da estação ferroviária, mas paralisou o processo antes da abertura da licitação. “Do ponto de vista legal, ainda não existe impedimento quanto à realização das obras, já legalmente o prédio pertence à prefeitura. Mas a paralisação se deu porque a diretoria da CBTU, ao tomar conhecimento do projeto, anunciou que iria entrar na Justiça para cobrar a reintegração de posse do prédio alegando que a edificação se encontra dentro do limite de segurança operacional que é de 15 metros de ambos os lados da linha”, explicou Júlio César.

O gerente jurídico da CBTU, Gilberto Alves, disse que, embora respeitasse a idéia de restauração da estação por se tratar de uma construção histórica da cidade, a Companhia não poderia liberar o prédio para utilização pública, por motivos de segurança e por necessitar do espaço para ações de cunho operacional. “A Lei que regulamenta o transporte férreo diz que não pode existir edificações numa distância de 15 metros de ambos os lados dos trilhos. Além disso, a CBTU tem como meta providenciar até 2008 a ampliação da rede com a adoção de um novo sistema de trens, o VLT. Para tanto, necessitará da área para manobra das máquinas e do prédio que funcionará como ponto de integração entre trem e ônibus, como também servirá como suporte operacional para os funcionários da Companhia”, explicou Gilberto.

Um projeto de veículo leve

A CBTU já tem pronto o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), um trem mais seguro e mais veloz, com “design” moderno e que não polui.

Segundo a assessoria de comunicação da CBTU, o transporte de massa irá beneficiar a população da região metropolitana das cidades de Natal, João Pessoa e Maceió, além de fazer integração com o sistema coletivo de ônibus.

O VLT será mais confortável que os trens comuns, pois contará com ar condicionado, rampas e travas para cadeiras de rodas e sistema de som. A CBTU está em fase de estudo técnico e busca apoio financeiro para pôr o VLT nos trilhos. O novo veículo contará com dois vagões, custará três vezes menos que um trem convencional e terá capacidade para transportar até 400 passageiros A previsão é que o novo veículo esteja circulando dentro de três a cinco anos.

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