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Reforma do Augusto Severo adiada

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O Aeroporto Internacional Augusto Severo passará por mais uma alta estação sem as tão aguardadas modificações em sua estrutura física. Prevista para o final deste ano, a reforma foi transferida para o primeiro trimestre de 2011, por entraves no processo de licitação, que fez com que a abertura das propostas fosse adiada para o próximo dia 20 de dezembro. Apesar disso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) considera que o Augusto Severo está preparado para o aumento da demanda que ocorre no final do ano.

A obra provocará mudanças nas salas de embarque e desembarque, área de check-in, saguão, corredores, áreas comerciais e sistema de ar-condicionado. Para tanto, serão investidos aproximadamente R$ 20 milhões na obra.

O superintendente da Infraero no Nordeste, Fernando Nicácio, afirma que a abertura das propostas de licitação estava prevista para o dia 19 deste mês, entretanto o pedido de detalhamento provocou o adiamento para o dia 20 de dezembro. “Ainda não sabemos exatamente quando serão iniciadas as obras. Mas a reforma irá durar cerca de 10 meses”, explica.

Nicácio diz que, mesmo sem as significativas mudanças na estrutura física, foram desenvolvidas várias ações para a melhoria do aeroporto, ao longo de 2010. Ele destaca pequenas ampliações na sala de embarque, que incorporou duas áreas destinadas a atividades comerciais, para dar mais conforto aos usuários.

Em relação aos frequentes contratempos ocasionados pelo mal funcionamento dos elevadores panorâmicos e escadas rolantes, Fernando Nicácio conta terem sido iniciados dois processos relativos à recuperação dos equipamentos. “Infelizmente, deram deserta, mas atualmente estamos com um novo processo em curso, em caráter emergencial. Assim, não há uma previsão de quando estarão funcionando plenamente. Já as duas escadas rolantes estão operando perfeitamente”, afirma.

Capacidade

O Aeroporto Augusto Severo tem hoje capacidade para receber 2,1 milhões de passageiros por ano. Após a ampliação, a expectativa é de que o terminal poderá receber 2,8 milhões de passageiros anualmente. Em 2009, o volume de passageiros que embarcaram e desembarcam no terminal chegou a 1,8 milhão e a previsão é de que o movimento supere os 2 milhões em 2010.

Adiamento é prejudicial ao setor

Para representantes de órgãos ligados à atividade turística potiguar, o adiamento no início da reforma do Aeroporto Internacional Augusto Severo é prejudicial para o setor, pelo terminal ser a principal porta de entrada de turistas no Rio Grande do Norte. Além disso, demonstra a falta de agilidade da Infraero, pelo fato de ser uma estatal e necessitar seguir uma série de trâmites burocráticos. 

O presidente do Natal Convention & Visitors Bureau e diretor da Luck Receptivo, George Costa, defende que a Infraero não seja mais responsável por gerir os aeroportos brasileiros, já que a estatal não tem sido capaz de acompanhar as mudanças do setor. “Só aqui em Natal serão mais de dois milhões de passageiros este ano, com cada um pagando R$ 20 de taxa de embarque, dando mais de R$ 40 milhões. É inadmissível que esse valor não seja reinvestido na melhoria do aeroporto”, enfatiza.

Para o vice-presidente da representação norte-riograndense da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH RN), George Gosson, a situação do Augusto Severo é muito preocupante, porque ele continuará a ser a principal porta de entrada do estado até a conclusão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, o que deve demorar cerca de três anos. “Quando a reforma vai ficar ponta? Se for depois da conclusão do outro aeroporto, não fará mais sentido algum”, questiona.

Infraero busca tranquilidade no fim do ano

A Infraero afirma que vem buscando maneiras de garantir um final de ano com bastante tranquilidade nos aeroportos do país. De acordo com Nicácio, os usuários não precisam temer um novo caos aéreo durante a próxima alta estação, uma vez que foi montado um plano nacional de contingenciamento, em uma reunião realizada na segunda-feira passada, no Rio de Janeiro.

O encontro reuniu representantes da Infraero, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Polícia Federal, Receita Federal, Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), e empresas aéreas. “Estamos certos de que cada um irá cumprir seu papel durante a alta temporada e não haverá grandes contratempos, como atrasos significativos de voos”, afirma o superintendente da Infraero Nordeste.

Especificamente no Augusto Severo, foram desenvolvidas estratégias para lidar com possíveis contratempos, como quebra de esteiras de bagagem e necessidade de aeronaves desembarcar remotamente. Também foi aumentado o efetivo de funcionários. “Dessa forma, será mais fácil inclusive para os passageiros conseguirem informações”, destaca Nicácio.

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