A reforma do Hotel Reis Magos, na orla de Natal, está parada por entraves jurídicos e não há previsão de quando o prédio poderá passar pela revitalização anunciada há cerca de quatro anos. Para dar andamento ao projeto, o grupo Pernambuco Hotéis S.A, responsável pelo empreendimento, aguarda a conclusão de um processo judicial, referente ao pagamento de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos anos de 1994, 1995 e 1996.
Para possibilitar o início das reformas no prédio, que permanece fechado há aproximadamente 15 anos, o grupo Pernambuco Hotéis fez um acordo com a Procuradoria Geral do Município do Natal, acerca do pagamento do tributo no início de dezembro de 2009. Desde então, os responsáveis pelo empreendimento aguardam os trâmites judiciais, para dar início à reforma.
Evitando comprometer-se ao divulgar prazos e valores, o diretor do grupo proprietário do hotel, Artur Percínio, diz que só poderá informar o cronograma de obras e montante que será investido no empreendimento após a liberação judicial. “Atualmente, precisamos aguardar a conclusão do processo e não tenho ideia de quando retomaremos a obra”, enfatiza.
Após a revitalização, o Hotel Reis Magos contará com 239 novos apartamentos, um centro de convenções, academia de ginástica e 27 lojas. De acordo com o empresário, o projeto de revitalização, que foi adaptado para fazer parte do Plano Diretor da cidade, foi aprovado pela Prefeitura há seis meses. Além disso, mesmo com a reforma, o empreendimento deverá manter suas características linhas arquitetônicas.
O procurador geral do município, Bruno Macedo, explica que o acordo pôs fim a um processo que corria no Tribunal de Justiça. Mas, como o grupo Pernambuco já havia depositado valores referentes ao pagamento de IPTU, é necessária a homologação desse acordo.
Macedo prevê que a homologação, em primeira instância, ocorrerá até o final da próxima semana.
Memória
O primeiro prazo estabelecido pelo grupo Pernambuco para o início da obras de reforma do Reis Magos foi fevereiro de 2007. Porém, pendências como a viabilização de licenças e pagamento de dívidas, têm feito com que o projeto não saia do papel. Desde que a reforma do primeiro empreendimento turístico à beira-mar de Natal foi anunciada, órgãos públicos e trade afirmam que a retomada das atividades poderá promover uma valorização na Praia do Meio. O esperado é que novos investimentos surjam no entorno.