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Reforma inédita na saúde dos EUA

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Washington – O Senado norte-americano aprovou um projeto de reforma para o sistema de saúde de US$ 871 bilhões, que prevê a extensão de seguro-saúde para 31 milhões de norte-americanos. A aprovação deixa a principal prioridade do presidente dos EUA, Barack Obama, um passo mais próxima da realidade.
Obama: vitória no Senado com a reforma proposta para o sistema de saúde dos norte-americanos, um ponto nevrálgico do governo
Como esperado, o projeto foi aprovado com o placar de 60 a 39, com o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, presidindo a votação. Os 58 senadores democratas e dois independentes votaram a favor da reforma, enquanto todos os 39 republicanos votaram contra.

O líder da maioria no Senado, Harry Reid (democrata de Nevada), forjou um compromisso há apenas alguns dias que garantiu o apoio suficiente para que a medida atingisse os 60 votos e assim não precisasse sofrer um adiamento. O produto final do compromisso de Reid fez pouco para acalmar os liberais, que queriam a inclusão de um plano de seguro-saúde administrado pelo governo, mas ganhou apoio importante de centristas, como Ben Nelson (democrata de Nebraska), que até então estavam em cima do muro.

Créditos fiscais

As linhas gerais do projeto continuaram de maneira geral consistentes. Ele propõe a criação de um sistema extensivo de créditos fiscais para pessoas de renda média e baixa para a compra de seguros-saúde em “bolsas” estatais, a partir de 2014. As pessoas físicas terão de ter seguro, bem como todas as empresas, menos as pequenas.

O projeto também tornaria o Medicaid, um programa estatal de assistência de saúde para famílias de baixa renda, disponível para um número maior de pessoas.

A aprovação do projeto no Senado vem após a Câmara dos EUA aprovar sua própria versão do projeto em 7 de novembro. Os dois lados tentarão agora conciliar seus projetos numa conferência, que deverá começar quando os congressistas voltarem a Washington em janeiro.

O projeto da Câmara, ao contrário da versão do Senado, inclui um plano de seguro administrado pelo governo. Os liberais da Câmara já expressaram desconforto com o projeto do Senado por causa da omissão desse plano público, embora a versão do Senado preveja a criação de uma opção de seguro por uma entidade não lucrativa, que ficaria disponível por meio do Departamento de Gerenciamento de Pessoal do governo federal.

O projeto da Câmara financiaria a expansão da cobertura de seguro por meio da criação de um imposto sobre pessoas físicas que recebem mais de US$ 500 mil por ano e para famílias com rendimentos superiores a US$ 1 milhão. Em contraste, o custo do projeto do Senado é compensado por um novo imposto sobre planos de saúde de custo elevado, o que é criticado pelos democratas da Câmara e por sindicatos trabalhistas. As informações são da Dow Jones. (Marcílio Souza)

Para Obama, decepção com a COP é normal

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou de “justificada” a decepção com o resultado da conferência sobre o clima em Copenhague, mas se disse satisfeito por ter contribuído para impedir um grande fracasso. “Penso que as pessoas têm razão de estar decepcionadas com o resultado de Copenhague. O que afirmo é que no lugar de assistir ao naufrágio total em Copenhague, onde nada poderia ter sido resolvido (…), ao menos resistimos e não retrocedemos muito”, disse Obama em entrevista à TV estatal PBS.

“Em certo momento estávamos a beira do naufrágio total. O primeiro-ministro indiano seguia para o aeroporto, os representantes chineses tinham deixado de negociar, todo mundo gritava (…), mas conseguimos chegar a um acordo sobre objetivos das emissões não vinculantes para todos os países, e não apenas para Estados Unidos e Europa…”, afirmou.

“Os cientistas dizem que devemos reduzir, de modo importante, as emissões (de gases do efeito estufa) nos próximos 40 anos, mas nada no acordo de Copenhague garante que isto ocorrerá”, admitiu Obama. O acordo de Copenhague, costurado por Estados Unidos, China, Brasil, África do Sul e os grandes estados europeus, promete 100 bilhões de dólares de ajuda aos países pobres para enfrentar o aquecimento global, e traz um compromisso para limitar o aumento da temperatura global a dois graus. Um tratado vinculante é esperado para o final de 2010, no México, para entrar em vigor até 2013, após a expiração do Protocolo de Kyoto.

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