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Registros de dengue crescem 740% no Rio Grande do Norte

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Os registros de dengue aumentaram 740% este ano no Rio Grande do Norte, ao se comparar com o mesmo período do ano passado. Até o último dia 16 de julho, foram confirmados 6,4 mil casos prováveis da doença, o que representa uma incidência de 952,03 por 100 mil habitantes, de acordo com o mais novo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).
Cerca de 6,4 mil casos de dengue tiveram confirmação por exames de laboratório. No ano passado, foram apenas 766 casos confirmados
Ainda em 2022, seis potiguares morreram em decorrência de complicações da infecção pelo vírus da dengue — que é transmitido aos humanos pelo mosquito Aedes aegypti. Há, também, outras 17 mortes em investigação laboratorial. Ao todo, foram confirmados 6.440 casos de dengue em 2022, contra 766 de 2021.
Os dados foram publicados no boletim da semana epidemiológica 28 e trazem  informações acerca de três arboviroses (as doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos):  dengue, zika e chikungunya.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). No Rio Grande do Norte, segundo a SESAP, o sorotipo DENV-2 é o mais prevalente. 
“Uma análise do cenário epidemiológico das arboviroses mostra que a faixa etária mais atingida continua sendo a das pessoas em idade de trabalho (25 a 59 anos) e todos os casos notificados estão bem distribuídos em todo o estado”, destacou Silvia Dinara, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue.
Ao longo de 2022, houve o registro de 33.840 casos prováveis de dengue (quando ainda se requer confirmação laboratorial), o que representa um alta de 1.669% em comparação com o mesmo período de 2021. No entanto, as notificações apresentam queda em comparação ao levantamento da semana epidemiológica 27, terminada em 10 de julho. No estudo até 16 de julho, foram 795 casos prováveis, contra os 1.327 do período anterior.
“Observamos também uma diminuição nas notificações de arboviroses a partir da Semana Epidemiológica 23, porém não podemos parar as ações de prevenção. É importante que cada um, dentro de suas responsabilidades, continue com as medidas de prevenção, inclusive porque ainda estamos vivenciando períodos de chuvas, onde os cuidados devem ser intensificados”, reforçou Silvia Dinara.
A incidência média da dengue entre a população potiguar é de 952,03 casos prováveis por 100 mil habitantes. No entanto, há municípios com valores expressivos, como ocorreu nos casos de Monte das Gameleiras (3053,81 casos por 100 mil hab.), Jardim de Angicos (3576,92 casos por 100 mil hab.) e Sítio Novo (4035,71 casos por 100 mil hab.).
Com relação à chikungunya, foram notificados 13.446 casos suspeitos da doença no Rio Grande do Norte, sendo confirmados 2.423 casos, 11.028 casos considerados prováveis, 2.418 descartados e dois óbitos confirmados. A incidência foi de 309,70 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Já no que diz respeito à zika, entre a semana epidemiológica 1 e 28 de 2022 no Rio Grande do Norte, foram notificados 5.572 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 337 casos, 4.062 casos considerados prováveis, 1.510 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 114,07 casos prováveis por 100.000 habitantes.
Com relação a casos de zika em gestante, houve 16 casos confirmados em 2022, por critério laboratorial. O quantitativo de casos de zika em gestantes é destacado na análise do cenário epidemiológico, devido à capacidade do vírus provocar microcefalia ou alterações no sistema nervoso central do feto.
Natal
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) publicou esta semana a mais nova versão do boletim epidemiológico da dengue para a capital. Entre os dados, o levantamento aponta para 11.594 notificações da doença nos estabelecimentos de saúde do município. A Unidade da Pronto Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança, na zona Oeste da capital, lidera as estatísticas, com 3.548 notificações, o que representa 26 do total.
Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos, como ocorreu no Rio Grande do Norte entre os meses de maio, junho e julho. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.
Em Natal, os meses de maio e junho lideram as estatísticas das ocorrências, com 4.344 e 4.450 casos, respectivamente. Os bairros com as maiores incidências são Pajuçara (1.587), Felipe Camarão (1.013) e Lagoa Azul (1.004).
Dicas de prevenção

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) aponta uma série de cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti:
-Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
-Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
-Não coloquem lixo em terrenos baldios;
-Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;
-Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;
-Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
-Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;
-Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.
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